Ricardo Moura foi o grande vencedor em Fafe, na prova de abertura do Nacional de ralis. Sacudindo os azares das últimas duas temporadas, o piloto açoriano conseguiu bater Miguel Barbosa por meros 1,7 segundos. E o duelo foi de tal forma que o terceiro classificado, Pedro Meireles, ficou a mais de um minuto e 42 segundos.
Porém, o campeão de 2014 ficou na frente de José Pedro Fontes, que no seu regresso aos ralis, depois de meio ano a recuperar do seu acidente no Rali de Portugal, foi o quarto classificado. Armindo Araújo, também de regresso aos ralis após cinco anos de ausência, foi o quinto no seu Hyundai i20 R5.
No final, Moura não escondia a sua satisfação: "Foi um ali muito disputado, sem dúvida. O Miguel está de parabéns, foi uma prova extremamente competitiva, estou muito feliz por dar à nossa equipa, a ARC, esta vitória", começou por dizer em declarações captadas pelo 16 Valvulas. "Foi um rali duríssimo, disputado ao segundo, é ótimo para os Açores estarem aqui representados em primeiro lugar numa prova do Nacional de ralis", concluiu.
Com as restantes seis especiais pela frente, máquinas e pilotos tinham de encarar passagens duplas por Montim, Confurco e Gontim. Na primeira especial do dia, Moura passou ao ataque, tentando recuperar a liderança a Barbosa, e o que conseguiu foi vencer por meros 0,2 segundos, enquanto que Pedro Meireles perdia 5,6 segundos, Armindo Araujo 7,2 segundos e Carlos Vieira 7,3. O piloto do Skoda ficava na frente, mas apenas com uma vantagem de 1,4 segundos.
Moura continuou ao ataque na especial seguinte, no Confurco, ganhando mais três segundos a Carlos Vieira, com Miguel Barbosa a perder 3,5 segundos. Com isso, Moura conseguia passar à liderança, agora com 2,1 segundos sobre o piloto da Skoda. Barbosa reagiu em Gontim, e conseguiu tirar 4,9 segundos a Moura, voltando à liderança com 2,8 segundos de vantagem.
"Estamos os dois ao ataque, está tudo em aberto. Estamos com diferenças mínimas, pensei que tinha furado na segunda especial e decidimos atacar forte para recuperar aquilo que tinamos perdido. Correu bem, agora está tudo em aberto", disse Barbosa à chegada a Fafe.
Na segunda passagem por Montim, Moura atacou e venceu, mas apenas conseguiu recuperar 0,2 segundos a Barbosa, enquanto que Ricardo Teodósio era o terceiro na especial, a 2,7 segundos, na frente de Armindo Araújo, a 5,7 segundos. Atrás, Carlos Vieira foi quarto na especial e aproveitou o facto de João Barros ser apenas oitavo, a 9,9 segundos do primeiro, para ascender ao sexto posto da geral, trocando com Barros.
Moura atacou decisivamente na segunda passagem pelo Confurco, ganhando a especial e conseguindo tirar 4,3 segundos a Miguel Barbosa, que foi apenas quinto na especial, atrás de dos Hyundais de Araújo e Vieira, e o Skoda de Teodósio. Moura passou à frente por 1,7 segundos, e foi aí que ganhou o rali, pois na última especial, ambos fizeram o mesmo tempo!
Com os três primeiros definidos, José Pedro Fontes foi o quarto, a um minuto e 50,6 segundos, enquanto que Armindo Araújo foi o quinto, a dois minutos e 12 segundos, no seu Hyundai. Carlos Vieira ficou a seguir, a doze segundos de Armindo, mas a dois minutos e 24 do vencedor. João Barros foi o sétimo, a dois minutos e 48 segundos, no seu Ford, na frente do espanhol Alexander Villanueva, do Hyundai de Paulo Meireles e do Citroen DS3 R5 do britânico Harry Hunt.
Agora, o Nacional prossegue dentro de um mês, nos Açores, uma prova que também conta para o Europeu de Ralis.
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