O resultado final desta qualificação até tem uma mistura de surpresa e normalidade. A normalidade, ao ver os Ferrari na primeira fila da grelha de partida. A parte surpreendente é ver um piloto que está a mês e meio dos 39 anos a fazer a sua primeira pole-position em ano e meio, e numa altura em que ainda não tem assinada a extensão do seu contrato até 2020. Mas para Kimi Raikkonen, esta pole em Monza até poderá ter sido um bom pretexto para ficar mais um tempo em Maranello. Afinal, todos gostam dele...
Havia ameaças de chuva na manhã da qualificação, mas quando a hora chegou, a pista estava seca o suficiente para que se usassem os pneus secos. Contudo, com mais chances de chuva, o asfalto encheu-se rapidamente de carros, para que os pilotos marcassem tempo antes que pista molhasse. Cedo os Ferrari ficaram com os dois primeiros tempos, mas logo a seguir, os Mercedes foram para a pista e conseguiram ficar atrás deles. Max Verstappen ficou com o quinto tempo.
As coisas ficaram assim até ao final da Q1, quando se começou a observar quem estavam aflitos. E havia surpresas: Sergio Perez, da Racing Point, era um dos aflitos, e no final, conseguiu a proea de ficar de fora... da Q2. Quem seguia em frente eram os Williams de Lance Stroll e Serguei Sirotkin, cujos chassis pareciam funcionar bem nesta pista. E Romain Grosjean estee bem perto de sair fora dessa Q1, mas conseguiu ficar. À custa dos Sauber, do Toro Rosso de Brendon Hartley e claro, de Sergio Perez.
A Q2 começou com a Mercedes a marcar tempo, graças a Hamilton: 1.19,798. Com pneus hipermacios e uma volta limpa, parecia que estava a marcar uma posição, mas logo a seguir, Sebastian Vettel, marcou 1.19,785, menos treze centésimos que o britânico. Raikkonen e Bottas vieram a seguir.
Depois de uma fase de calma, a pista encheu para os dois minutos finais, onde todos tentaram marcar um bom tempo para a Q3. E ali houve surpresas, com Lance Stroll a meter o seu Williams na Q3, algo que já não acontecia há algum tempo. O canadiano fazia companhia aos Ferrari, Mercedes, o Renault de Carlos Sainz Jr, o Force India de Esteban Ocon, o Haas de Romain Grosjean, o Red Bull de Max Verstappen e o Toro Rosso de Pierre Gasly.
E os que quase faziam companhia, mas acabaram por não fazer, foram o Haas de Kevin Magnussen e o McLaren de Fernando Alonso.
Chegados à Q3, a Mercedes entrou de novo na disputa, e de novo com Hamilton, fazendo 1.19,390. Mas era apenas um aquecimento para o que vinha a seguir, com os Ferrari a reagirem, mas a ficarem mesmo ao lado do inglês... sem o passar. A meio, o ritual do costume: os carros foram às boxes, para colocar jogos novos e preparando-se para sair o mais tarde possivel para a tal "última volta".
E deu. Mas não da maneira como aconteceu das outras vezes. A variação do guião, desta vez, aconteceu com os Mercedes na frente dos Ferrari na pista... só que ao contrário na tabela de tempos. E o último a rir-se foi Raikkonen, que com 38 anos e dez meses, era o poleman mais velho desde 1994, com Nigel Mansell, na Austrália. A senhora Raikkonen foi às lágrimas, discreta, nas boxes da Scuderia, com os tiffosi a comemorar ruidosamente, porque era Kimi e porque era "rosso", do Cavallino.
Amanhã, em principio, não deverá chover, mas não se saberá muito bem se Sebastian Vettel partirá melhor que Kimi Raikkonen, mas a Scuderia deverá querer algo assim e uma corrida tranquila, para ver se conseguem tirar mais pontos a Lewis Hamilton, pois já não faltam muitas corridas para o final do ano. Vamos a ver...
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