A retirada da Aston Martin do programa da Endurance, com o seu projeto Vakyrie, causou ondas, mas era esperado, sobretudo porque era apoiado em parte pela Red Bull. E com a compra da marca por Lawrence Stroll, o patrão a Racing Point, e a sua prioridade em relação à Formula 1, enfureceu os que andaram também a investir milhões nos seus projetos de Hypercar. Sobretudo quando a FIA e o WEC chegaram a acordo com a IMSA para trazer os DPi para o Mundial, e sobretudo, para Le Mans.
E foi por causa disso que Jim Glickenhaus, o dono da marca com o mesmo nome e o construtor do protótipo 007, com o objetivo de competir nessa classe, foi para as redes sociais e vilipendiar a Aston Martin pelo abandono do seu projeto.
“Sinto muito por aqueles que compraram a Aston pelo preço da IPO [Oferta Pública Inicial, a sigla inglesa]. Sinto que os salários assumidos pelos executivos da Aston por desempenho são obscenos. Deveriam fazer uma coisa honrosa, renunciar ao cargo e devolver o dinheiro à empresa", começou por dizer.
Glickenhaus foi mais caustico, afirmando estar "enojado com o lamento que fez com que o ACO alterasse graciosamente as regras para acomodar o motor dos Astons, explodindo os nossos motores Alfa e fazendo com que a Toyota tivesse que gastar mais dinheiro trocando o deles e depois disse adeus. Agora estão a culpar a convergência. Patético".
O comentário que ele faz sobre o motor Alfa Romeo tem a ver com a intenção do construtor americano querer usar o motor italiano nos seus chassis, mas agora não pode usar por causa de uma alteração nos regulamentos do WRC para 2021-22.
“Eles devem olhar-se ao espelho, se realmente querem ver a quem culpar. O seu comportamento infantil empurrou-nos para trás e custou-nos dinheiro, mas, ao contrário da Aston, a Toyota, a ByKolles e nós estaremos lá na próxima temporada com carros excelentes e interessantes e correremos com afinco e honra", acrescentou.
Glickenhaus termina a tua tirada com um forte comentário: "Alguns mijam-se nas calças aos portões do inferno, enquanto alguns de nós não recuam."
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