E como sabem, desde há muito tempo, a Formula 1 ruma onde há o dinheiro. Sempre foi assim, e claro, as petromonarquias têm desde há algum tempo querido ficar no centro das atenções. Agora, a corrida de abertura e de encerramento são nas Arábias, e como são as mais ricas - ou a Liberty pede mais dinheiro para as acolher - eles dão sem problemas porque os 60 ou 80 milhões que dão por ano são... como se fosse as entradas de um jantar suculento, opíparo até.
Mas ainda, por causa da Liberty Media, porque ela é americana, estes querem investir fortemente na própria América. A partir deste ano teremos três corridas em paragens americanas, algo do qual não acontecia desde 1982, quando a Formula 1 oi a Detroit, Long Beach e a Las Vegas, a mais importante cidade do estado do Nevada, a capital do jogo - ou como outros diriam, a "capital do pecado...". Digo desde já que o regresso não acontecerá no parque de estacionamento do Ceasar's Palace, porque o pior circuito da história da Formula 1 há muito que foi apagado...
O sol se pôs, e a hora da qualificação chegava. Com uma novidade: os carros da Ferrari desfaiam-se em pista! Charles Leclerc começou a ter problemas mal saiu das boxes, legando algumas coisas pela pista fora, suficientes para causar bandeira vermelha e alguns embaraços em Maranello. Contudo, quando tudo voltou ao normal, os melhores começaram a ser Sainz Jr. Ou seja, quando tudo fica agarrado e aguenta o vento, até são rápidos.
Com o passar dos minutos, parece que os melhores estavam bem agarrados na tabela de tempos. Os McLaren andavam no fundo, mas não estavam longe dos do topo, onde se situavam Red Bull, Ferrari e Aston Martin, com o Alpha Tauri de Yuki Tsunoda no "top ten". Parecia ser mesmo equilibrado, como muitos queriam.
E quando a bandeira de xadrez foi mostrada, acabou com cinco eliminados de cinco equipas: Logan Sargent (Williams), Oscar Piastri (McLaren), Kevin Magnussen (Haas), Nyck de Vries (Alpha Tauri) e Pierre Gasly (Alpine). Curiosamente, tirando o piloto a Haas, todos fazem a sua primeira corrida nas suas equipas. E pior: o americano da Williams marcou exatamente o mesmo tempo que Lando Norris. Só perdeu porque marcou depois dele.
Do outro lado, seis décimos separam... os 13 primeiros. A Q2 será escaldante como o asfalto.
Começada essa parte da qualificação, descobriu-se que Max era o único com pneus novos, enquanto o resto andava com usados. E claro, o neerlandês mostrou ao que vinha: 1.30,503, o melhor tempo, com mais de três décimos de avanço, porque queria ir já para a Q3. Mas com o asfalto a melhorar, e os carros tão iguais, os pilotos começaram a melhorar os tempos. O primeiro posto mudou de mãos tantas vezes que não havia tempo de registar. Hulk, Alonso, Hamilton e Russell passaram por aí. Lembram-se dos 0,6 segundos entre os 13 primeiros? É isto.
Mas apesar de toda este furacão, quando acabou o tempo para a Q2, não existiram grandes surpresas. Os Alfa Romeo de Baltteri Bottas e Guanyou Zhou, o McLaren de Lando Norris, o Williams de Alex Albon e o Alpha Tauri de Yuki Tsunoda foram os eliminados.
E com a variedade de pilotos na parte final - com todos os favoritos incluídos, atenção - fax com que fiquemos expectantes - e alguns excitados - por saber quem levará a melhor a fazer a primeira pole do ano.
A razão era simples: ele iria guardar um set de macios. E a mesma coisa estavam a fazer Alonso, Hulk e a Mercedes. Ou seja, Max tinha tudo para o primeiro posto.
E foi o que aconteceu: Max era o primeiro, num final algo anti-climático, com a Red Bull a monopolizar a primeira fila da grelha, com Sérgio Pérez a ficar com o segundo tempo. Leclerc era o terceiro, na frente de Sainz Jr, e Alonso "El Plan" é o quinto. Hulkenberg viu o seu tempo anulado por ter excedido os limites da pista, mas mesmo assim, esse décimo posto é um cartão de visita no seu regresso à Formula 1.
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