sexta-feira, 28 de julho de 2023

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Todos os anos, Pierre Gasly vai ao Radillon para colocar um ramo de flores no local onde morreu Antoine Hubert, vitima de uma colisão com o carro de Juan Manuel Correa, na prova de Formula 2, em 2018. E este ano não foi excepção, juntando até um grupo de gente para correr uma volta pelo circuito, no meio da chuva que se faz sentir neste final de semana.

Este ano, infelizmente, outro acidente mortal aconteceu debaixo da chuva das Ardenas, matando um jovem neerlandês de 18 anos, Dilano van't Hoff, campeão da Formula 4 espanhola em 2021. Algumas semanas depois do seu acidente mortal, a sua mãe foi ao mesmo local colocar um ramo de flores para homenagear Hubert, e claro, o seu filho, também vítima de uma colisão lateral.

Este fim de semana, como sabem, chove em Spa. E será assim por todo o fim de semana. Esperamos o melhor, tememos o pior. Queremos uma boa corrida, agitada. Até alguns desejam que haja uma confusão enorme, mas creio que todos concordam que, acima de tudo, é que não haja feridos e mortos. Gostamos muito do automobilismo, sabemos que é perigoso, mas também sabemos que a tecnologia avançou para providenciar segurança para os pilotos, e nunca estes carros foram tão seguros como agora. 

Contudo, tendemos a esquecer que a Formula 1 - e o automobilismo em geral - não consegue ser um desporto onde a morte está 100 por cento afastada. Quanto muito mais de 90 por cento. Mas lembrem-se: já vimos um carro a explodir e o piloto a conseguir sair dele pelo seu próprio pé. Acho que diz imensa coisa de uma modalidade como esta. 

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