sábado, 23 de setembro de 2023

Formula 1 2023 - Ronda 16, Japão (Qualiicação)


Japão em setembro é um pouco estranho. Aliás, neste final de semana está previsto 30ºC de temperatura e muito sol, depois de uma quinta-feira muito chuvosa. Mas independentemente do tempo, ver a Formula 1 por ali é um colírio para os olhos dos fãs. É um lugar especial, e os japoneses também ajudam. Nos tempos em que a Honda dominava, com Senna e a McLaren, chegavam a haver mais de um milhão de pessoas que queriam ver a corrida, com a organização a fazer um sorteio para distribuir os bilhetes emitidos. 

Agora, sem Honda ou Toyota, os fãs são menos, mas parece mais uma subcultura. Há gente que traz para a pista chapéus com DRS, mochilas com a forma dos pneus da Pirelli, cosplays de Ayrton Senna - com capacete, fato de competição, patrocinadores e tudo! - e aquilo tudo se transforma num Comic-Con, mas realizado num circuito de Formula 1. Onde é que iremos ver isso, por exemplo, em Miami ou Abu Dhabi? Esqueçam.

E era nessa paisagem que sábado chegou ao lugar do Sol Nascente. Claro, nesta temporada onde os Red Bull estão prestes a conquistar tudo, a corrida de Singapura poderia ser o inicio de algo diferente, mas pelos tempos nos treinos livres, sabíamos que a corrida anterior foi um mau dia para a equipa de Milton Keynes. E ali, seria business as usual, apenas contando as corridas até ao tricampeonato de Max Verstappen


A qualificação começou na hora marcada, e os primeiros carros começavam a marcar as suas primeira voltas lançadas quando aconteceu o primeiro momento... baixo da qualificação. O Williams de Logan Sargent bateu forte com no inicio da reta da meta, causando a amostragem da bandeira vermelha e claro, a interrupção da sessão. Gente como Charles Leclerc e Carlos Sainz Jr. estavam em volta rápida e tiveram de abortar a tentativa, quando Max Verstappen já lidera a tabela de tempos, com 1.29,878.

O americano ficou inevitavelmente com o pior tempo, porque os danos eram tais que não tinha qualquer chance. 

A sessão recomeçou alguns minutos depois, com Lando Norris a responder a Max, fazendo 1.30.083, seguido por Charles Leclerc, com 1.30,393. A quatro minutos do final, o pelotão foi para a pista, marcar a melhor volta, e claro, o trânsito era inevitável. No final, enquanto  Lewis Hamilton e George Russell, pilotos da Mercedes, terminaram a volta rápida final exatamente com o mesmo tempo, os Sauber-Alfa de Valtteri Bottas e Zhou Guanyu, o Aston Martin de Lance Stroll e o Haas de Nico Hülkenberg ficaram pelo caminho, juntando-se a Sargent, que via o seu carro ser reparado.

Alguns minutos depois, passávamos para a segunda fase, onde o mais interessante foi saber como se comportaria o piloto da casa, Yuki Tsunoda. Na sua volta rápida, ele conseguiu saltar para o quinto lugar da tabela de tempos, ficando então a 389 centésimos de Verstappen.

Claro, minutos antes, Max foi o primeiro em pista e completou a volta com o tempo 1.29,964, seguido pelo Williams de Alexander Albon, que mesmo com pneus novos montados no FW45, ficou... a um segundo e meio do registo do piloto da Red Bull.

Na parte final, enquanto gente como Charles Leclerc tentou um bom tempo... e conseguiu, os Alpines de Pierre Gasly e Esteban Ocon, o Alpha Tauri de Liam Lawson, o Haas de Kevin Magnussen e o Williams de Alex Albon, foram eliminados da fase seguinte.

E assim, chegamos à Q3. 


Mal o semáforo ficou verde, Max Verstappen saiu prontamente para a pista para colocar uma volta rápida na tabela. O neerlandês, que não tinha terminado a Q2 com o registo mais rápido, vinha com tudo, para mostrar quem tinha o melhor carro. E cumpriu: completou a sua volta em 1.29,012, um tempo-canhão, mais rápido do que a pole-position que tinha marcado no ano passado. Todos ficaram espantados - ou não - com a volta de Max, mas julgavam que ainda teriam tempo para contestar o piloto da Red Bull.

Especialmente os McLaren, que julgavam ter um excelente carro para esta pista. Eles apareceram a seguir, primeiro Piastri, com um tempo 446 centésimos mais lento que o neerlandês, e depois Norris, um pouco mais lento. Se o sinal de que eles estão bem nesta parte final da temporada, apesar de ainda não terem ganho corridas, no puro e duro, era mais uma pole do neerlandês.

É que na volta final, Max terminou a volta com 1.28,877, mais de meio segundo na frente dos McLaren e do Ferrari de Charles Leclerc, quarto com 1.29,542. Sergio Pérez foi apenas quinto, com 1.29,650. E Yuki, em casa, conseguiu bater o Aston Martin de Fernando Alonso.    

Na próxima madrugada, porém, iremos saber se este poderá ser o primeiro match-point da temporada para Max, na sua conquista do tricampeonato. 

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