domingo, 29 de outubro de 2023

Formula 1 2023 - Ronda 19, México (Qualificação)


Não demorou muito a pausa. Uma semana no Texas, outra no México, num lugar especial, em pleno planalto, a mais de 2200 metros de altitude - mais acima do monte mais alto do meu país, por exemplo - e ali, correr na Cidade do México, no Autódromo que dá nome aos irmãos mais famoso do automobilismo mexicano, e onde a performance dos motores é bem diferente daqueles que funcionam ao nível do mar, como estavam uma semana antes, em Austin.

E ainda existia uma pressão adicional: os mexicanos queriam que a Red Bull desse tudo a Sérgio Pérez, apesar de ele não ter dado alguma coisa à equipa, especialmente depois do inicio da temporada. Por causa disso, as bancadas estavam cheias, e esperando que Max não tivesse a sorte das outras corridas. Apesar da atmosfera festiva porque o Dia de los Muertos... é já ali na esquina.   

A qualificação começou com céu azul e temperaturas agradáveis neste outono mexicano, numa das maiores cidades do mundo. Depois dos primeiros milhos para os pardais, os Red Bull ficaram com os melhores tempos, primeiro Max, com 1.18,099, quase meio segundo que Checo Pérez. Hamilton é o terceiro, a 578 centésimos.

A certa altura, Ricciardo conseguiu um surpreendente segundo melhor tempo, a 242 centésimos atrás de Max, enquanto em contraste, os McLaren estavam no fundo da grelha. E isso começou a causar sarilhos.

No final da sessão, Alonso fez um pião na curva 3, a as bandeiras amarelas foram mostradas. E isso aconteceu precisamente na altura em que Norris ia fazer a sua volta, mas por causa disso e do trânsito - todos queriam uma pista limpa para a sua volta rápida - acabou por ter de abortar. Por causa disso, Norris fazia companhia ao Alpine de Esteban Ocon, o Williams de Logan Saegent, o Alpha Tauri de Yuki Tsunoda - tinha trocado de unidade de potência, e largaria do fundo, independentemente do resultado - e do Haas de Kevin Magnussen, nos que ficavam para trás na Q1.  


A Q2 começou alguns minutos depois, com os Red Bull a serem os primeiros na pista, e claro, foram os primeiros a marcarem tempo, com Max a conseguir 1.17,625, mais 499 centésimos que Pérez. Pouco depois, Daniel Ricciardo consegue 1.18,016, segundo tempo em termos provisórios. Pouco depois, Oscar Piastri faz melhor, mas 249 centésimos mais lento que o neerlandês da Red Bull. 

A parte final foi surpreendente, quando Lewis Hamilton conseguiu um tempo superior a de Max, passando para a fase seguinte, com um Daniel Ricciardo a conseguir o terceiro posto e uma inédita passagem para a Q3 nesta temporada. Em contraste, o Williams de Albon - tinha entrado mas o tempo foi anulado por causa de ele ter passado a curva 3 fora da rota combinada - o Alpine de Gasly, os Aston Martin de Alonso e Stroll e o Haas de Nico Hulkenberg, estavam de fora.

E agora, a Q3. Os espectadores começaram a ficar excitados com a saída de Sérgio Pérez das boxes e tentar um tempo na frente. Os Red Bull foram os primeiros a marcar tempo, com Max a faxer 1.17,276, seguido por Checo, com 1.17,788, antes de Ricciardo, primeiro, e os Ferrari depois, os baterem, com Leclerc a conseguir 1.17,166. 

A parte final assistiu-se à tentativa de reação da Red Bull, mas ambos perderam tempo na parte final e não conseguiram melhorar para os desalojar. Mercedes também tentou, mas o melhor que Hamilton conseguiu foi sexto. 


No fim, a Ferrari ficou com a primeira fila, com Leclerc na frente de Sainz Jr, e Daniel Ricciardo até conseguiu um inesperado quarto lugar, entre os Red Bull, com Checo em quinto e Max dois lugares mais acima, em terceiro. A qualificação mexicana acabou por ser algo surpreendente, mesmo no meio de algumas certezas, como a das Ferrari. Lewis Hamilton não conseguiu melhor que sexto, na frente de Oscar Piastri, que provavelmente queria estar mais acima de onde ficou na realidade.  

Veremos como será amanhã, na corrida. Toda a gente ainda tem fresca na memória os eventos de Austin...

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