Mas isso é o que andamos a ver por fora, nas bancadas. Na pista, com tudo decidido, foi interessante ver que a Ferrari parece conseguir bons resultados na grelha de partida, porque Charles Leclerc saia da primeira posição pela segunda vez seguida, esperando que não acabe em desclassificação, como no Texas. Mas claro, com Max Verstappen no terceiro posto, se calhar ele arriscará e fará uma excecional partida para ficar logo com o primeiro lugar e não largar até à meta, desprezando os apelos da bancada para dar a vitória a Sérgio Pérez, o homem da casa. Ainda por cima, era um mero quinto na grelha, batido até pelo Alpha Tauri de Daniel Ricciardo, que aproveitou bem o seu regresso para conseguir um excelente quarto lugar da grelha.
Resta saber se a corrida será tão bom quando a qualificação de ontem. O tempo está divinal nesta tarde, tudo azul neste domingo outonal. E Lance Stroll iria partir das boxes. Quase todos os pilotos partiam com médios, exceto Alex Albon e Esteban Ocon, que partiam com duros.
Com destroços na pista, o Safety Car Virtual foi mostrado na quinta volta para terem uma chance para recolher os destroços do Ferrari. Os comissários queriam mostrar uma bandeira para que ele fosse às boxes e fazer a troca, mas mesmo com os estragos, as distâncias estavam estáveis. O único duelo digno de nota nas primeiras voltas foi entre Hamilton e Ricciardo, com o britânico da Mercedes a passar no final da reta, na 11ª volta, para ser quarto.
As coisas só mudaram um pouco com as primeiras paragens nos pneus. Max foi para lá na volta 19, trocando para duros e regressando na sétima posição. Os Ferraris agora estavam na frente, com Leclerc na frente de Sainz Jr, assediado por Lewis Hamilton. Piastri foi às boxes na volta 26, para meter duros, e perdeu o sexto posto para Russell, numa altura em que Max já era terceiro, esperando que os Ferrari fossem às boxes e fazer a sua troca de pneus para voltar a ficar com o comando da corrida.
Na volta 31 foi a altura de Sainz Jr para meter duros e regressar na quarta posição, passado por Hamilton, para logo a seguir aparecer Leclerc, entregando o comando a Max, e também colocar duros. Quando regressou, era segundo, a mais de 16 segundos do neerlandês da Red Bull.
Nesta altura, a corrida parou exatamente na volta 35. Metade de 71.
Barreiras reparadas, destroços retirados... demorou algum tempo até tudo estiver pronto para o regresso da corrida. Esta regressaria com os carros parados na grelha nas posições onde estavam na altura em que a corrida parou. Quando a partida aconteceu, Max manteve o lugar, com Leclerc a seguir a Hamilton, Sainz Jr, Ricciardo, Russell, Piastri e o resto do pelotão logo a seguir.
Hamilton foi atrás de Lelcerc para tentar chegar a segundo, Russell passou Ricciardo para ser quinto, e demorou algum tempo até passar o piloto da Ferrari, enquanto na frente, Max afastava-se do pelotão e Russell assediava Sainz Jr para ver se ficava o quarto lugar. Atrás, Piastri era assediado por Tsunoda para ver quem ficava com o sétimo posto. E na volta 49, o japonês tentou de novo na curva 1, com ambos a tocarem, prejudicando o piloto japonês.
Nesta altura, Norris tinha chegado aos pontos e Alonso era a terceira retirada da corrida, com problemas no seu Aston Martin.
E foi o que fez. Demorou sete voltas para ficar na traseira do Mercedes, e passou-o precisamente no momento em que Bottas e Stroll bateram no Estádio. O incidente foi visto pelos comissários, mas para Stroll, a sua corrida acabou ali.
No final, Max conseguiu mais uma vitória, na frente de Hamilton e Leclerc, com Russell a aguentar os ataques de Ricciardo para ser sexto, porque os seus médios já tinham acabado contra os duros do piloto da Alpha Tauri. E apesar de o britânico ter aguentado, o resultado do australiano foi o melhor da equipa desta temporada.
E assim acabava a corrida mexicana. E claro, as coisas tinham de ser logo arrumadas porque dali a sete dias, tinham de estar no Brasil.
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