Depois do que aconteceu na sua prova de estreia, a Copersucar-Fittipaldi não perdeu tempo. Sabia que havia muita coisa para melhorar, depois da curta corrida em Buenos Aires, e eles não queriam fazer feio perante eles. Afinal de contas, corriam em casa. O FD01 estava chamuscado, mas logo ali, quer Wilson Fittipaldi, quer Ricardo Divila, sabiam que aquele carro tinha de ser refeito, com os novos cálculos em termos aerodinâmicos. E tinham de apressar, se queriam correr em Interlagos.
Mas tinham confiança: testado fortemente na pista, sabiam onde melhorar e meteram essas modificações. Uma nova entrada de ar superior, deslocamento dos radiadores da traseira para os lados, como muitos carros tinham na altura. Tinha-se tornado mais covencional, e claro, mais funcional. E as modificações foram feitas em contra-relógio, porque o GP brasileiro estava à esquina.
Anos depois, Divila explicou as modificações feitas:
“O FD02 era uma variação de radiador, lateral ao invés de traseiro, previstos para serem testados no GP do Brasil caso tivéssemos problemas de temperatura nas corridas quentes (Brasil, África do Sul). O modelo original todo carenado era para os circuitos de alta, com retas longas e curvas rápidas. Acabamos usando já em Interlagos, no GP, pois o 01 ficou muito danificado no acidente de Buenos Aires e não tivemos tempo de refazer tudo.”
O carro ficou pronto a tempo da corrida brasileira, e as esperanças eram grandes. Afinal de contas, tinham ensaiado por horas a fio e feito milhares de quilómetros. Queriam fazer melhor, eram a equipa da casa, queriam chegar ao final da corrida, o objetivo seguinte. O sonho continuava, mesmo que o carro tenha regressado chamuscado. E o público queria os ver correr.

Sem comentários:
Enviar um comentário