sábado, 19 de maio de 2007

Extra-Campeonato: Um broche, um voto


Tania Devereaux é belga, estudante de Marketing, na casa dos seus vintes que, tal como imensos da nossa geração, não grama muito a politica, tal como está a ser feita actualmente. Cansada deste sistema, ela e mais uns amigos decidiram criar um partido: o NEE (não, em flamengo). Esse partido concorreu agora às eleições legislativas que vão decorrer no próximo dia 10 de Junho. Ora, ela, que concorre ao lugar de senadora, garantiu uma "surpresa" a quem se inscreva na lista: desfrutar uma das 40.000 felacções que ela "promete" fazer, caso seja eleita, na sua provocadora campanha eleitoral pela Internet.


"Todos os que se ajuntam receberão algo muito divertido", assegurou Tanja ao ser interrogada em relação à seriedade da sua campanha para as legislativas.


A jovem estudante de “marketing” decidiu, juntamente com cinco amigos, tomar um ano sabático nos estudos para apresentar-se às eleições municipais e legislativas na Bélgica com a finalidade de oferecer "um voto de protesto imparcial" a aqueles eleitores que no estão contentes com nenhum partido e queiram deixar clara a sua decepção com as promessas que ficam por cumprir.
A ideia do NEE é de colocar os partidos políticos tradicionais a enfrentar os seus defeitos e aproximar a política aos cidadãos.


Na página da Net (www.nee.antwerpen.be) Tanja aparecia na publicidade eleitoral nua ou quase nua, com asas de anjo, prometendo de inicio criar 400.000 'jobs' (empregos, em flamengo), parodiando a oferta do partido do primeiro-ministro, Guy Verhofstadt, de criar 200.000 empregos. Mas um visitante sugeriu fazer um trocadilho de "jobs" para "blowjobs" (broches, em inglês).


Questionada sobre se alguém leve esta brincadeira a sério, Tanja assegurou que "A maioria entende logo que isto não é real. As pessoas não são tontas e aquelas que fazem perguntas a esse respeito explicamos que é tudo uma brincadeira", disse a jovem, que afirmou "até agora só recebemos reacções positivas".


Devereaux também deixou claro que iria assumir o cargo, caso seja eleita. "Advogarei pela inclusão, na legislação eleitoral, a todos os níveis, da possibilidade de expressar um voto de protesto, um NEE é melhor do que um voto em branco", explicou. "Os eleitores que votam no NEE também podem decidir se o seu voto está dirigido contra algum partido em particular aqueles que os defraudaram, de maneira que o tamanho da formação seja semelhante ao número de pessoas que não estejam de acordo com a sua política".


Desde a criação da NEE, em Setembro de 2006, um mês antes das eleições municipais, onde obteve 1,5 por cento dos votos, a popularidade do partido, e em particular da sua cabeça de lista, não para de aumentar, embora o seu êxito tem como base as visitas vindas do estrangeiro.


De acordo com o site Alexa.com, a página web da NEE é actualmente o portal político mais visitado do momento, superando as páginas web da Casa Branca e do Partido Trabalhista Britânico.

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