Até prova em contrário, é o melhor piloto de Formula 1 que o seu pais jamais teve. Ganhador nas categorias de acesso, ao chegar à formula 1 nunca cumpriu o seu potêncial, pois a sua melhor temporada de sempre foi... a de estreia. Contudo, isso não impediu de ter uma ligião de fãs dentro e fora da Holanda. No dia do seu 36º aniversário, falo de Jos "The Boss" Verstappen.
Nascido a 4 de Março de 1972 em Montfort, no sul da Holanda, sob o nome de baptismo Johannes Franciscus Verstappen, começou a correr em karting aos 8 anos, tornando-se em 1984 campeão nacional junior. Repete o feito em 1986 e em 1989 ganha o Intercontinental A de karting, bem como o Formula K European Series. Antes de fazer a transição para os monopostos, em 1991, ganha ainda o campeonato belga de karting.
Em 1992, passa para os monolugares, competindo na formula Opel Lotus. Nesse ano, ganha o campeonato holandês e do Benelux, e participa em algumas provas da Formula Opel Lotus Euroseries, com bons resultados. Em 1993, passa para a Formula 3, onde começa a dar nas vistas, ganhando o campeonato alemão e vence o Marlboro Master Series de Formula 3, que decorrera no circuito de Zandvoort. Curiosamente, o anterior vencedor de ambas as competições tinha sido um tal de Pedro Lamy...
Isso foi o suficiente para ser chamado pela Benetton para ser o piloto de testas da marca. Contudo, quando o piloto numero dois da marca, o finlandês J.J. Letho, teve um acidente que o impediu de alinhar nas duas primeiras corridas do ano, no Brasil e no Japão, Verstappen, então com 22 anos, teve a oportunidade de se estrear ao mais alto nível. Contudo, foi uma estreia atribulada, ao envolver-se no multiplo acidente provocado pelo Jordan de Eddie Irvine, e no qual ainda se envolveram o Ligier de Eric Bernard e o McLaren de Martin Brundle.
Quando Letho regressou, Verstappen voltou à sua condição de suplente, mas após as prestações decepcionantes de Letho, voltou ao cockpit no GP de França. Duas corridas mais tarde, em Hockenheim, foi protagonista de um dos mais espectaculares incidentes de box de sempre, quando o seu carro se incendiou. Felizmente, ninguém ficou gravemente ferido.
Mas depois dos azares, veio a felicidade: o holandês acabou os GP's da Hungria e da Belgica na terceira posição, alcançando os seus primeiros (e unicos) pódios. No final do ano, Verstappen conseguiu dez pontos e a décima posição no campeonato. No resto da sua carreira, só conseguiria mais sete pontos...
Sem hipóteses de ficar na Benetton em 1995, Verstappen foi para a Simtek, que vivia ainda a ressaca do acidente mortal de Roland Ratzenberger no ano anterior. O holandês seria o seu primeiro piloto, e deu nas vistas em aluns treinos, mas a equipa vivia dificuldades financeiras, e após o GP do Mónaco, e sem possibilidade de pagar as dívidas, a equipa fechou as portas, deixando o holandês apeado para o resto do ano.
Em 1996, Verstappen foi para a Arrows, onde conseguiu um sexto lugar na Argentina, a unica vez em que conseguiu pontuar. Contudo, a sua temporada não foi isenta de incidentes, do qual o mais famoso foi em Spa-Francochamps, onde só se safou devido às protecções laterais do seu carro. No final da época, esse ponto deu-lhe o 16º lugar final.
No ano seguinte foi para a Tyrrell, mas numa altura em que a equipa vivia os seus últimos dias como marca, o holandês não conseguiu ter uma oportunidade para pontuar. No final, ficou sem lugar para 1998, mas a meio da época, a Stewart escolheu-o para substituir o dinamarquês Jan Magnussen, a partir do GP de França. Apesar de ter um bom carro, foi mais um ano sem conseguir pontuar.
Em 1999, aceitou participar no projecto da Honda, que ensaiava o seu regresso à Formula 1, em conjunto com o projectista Harvey Postletwaithe. Contudo, o projectista inglês sofreu um ataque cardíaco fatal e a marca japonesa decidiu fornecer motores à BAR e depois à Jordan. Entretanto, tornou-se piloto de testes da marca e possivel substituto de Damon Hill, caso ele abandonasse a carreira antes do final da época, algo que não aconteceu.
Em 2000, retomou à Formula 1 a tempo inteiro, correndo pela Arrows. Foi uma boa temporada, onde conseguiu grandes performances, nomeadamente um quarto lugar em Monza, lutando com o williams de Ralf Schumacher por um lugar no pódio. no final desse ano, os cinco pontos alcançados deram-lhe um 12º lugar na classificação geral. No ano seguinte, ainda na Arrows, conseguiu um ponto e algumas boas performances, mas pouco mais. Classificou-se na 18ª posição.
Em 2002, esteve prestes a assinar pela Sauber, mas o facto de ser largo demais para o chassis construido levou a ser preterido a favor do brasileiro Felipe Massa. No ano seguinte, voltou à Formula 1, desta vez a bordo de um Minardi, na altua a equipa mais lenta do pelotão. contudo, conseguiu algumas boas performances, como por exemplo a "pole-position" provisória no GP de França, aproveitando o facto do piso estar seco na altura em que deu a sua volta...
Contudo, isso tudo não foi o suficiente para alcançar pontos, e no final do ano, tenta a sua sorte na Jordan. Contudo, os contactos falham, e ele não volta mais à competição.
A sua carreira na Formula 1: 107 Grandes Prémios, em oito temporadas (1994-98, 2000-2001, 2003), dois pódios, 17 pontos.
A partir de então, Verstappen tentou a sua sorte noutras categorias. Em 2005, Verstappen decide correr na nova A1GP, a bordo da Team Netherlands, onde conseguiu na sua temporada uma vitória na Feature Race em Durban, na Africa do Sul. A equipa queria-o em 2006, mas decide sair devido a salários em atraso. Em 2007, a Minardi Team USA, de Paul Stoddart, convida-o para conduzir o seu carro, mas recusa o convite. E este ano, vai competir pela primeira vez nas Le Mans Series, a bordo de um Porsche RS Spyder de uma equipa holandesa. Mais um belo desafio para Jos, the Boss!
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