quarta-feira, 25 de junho de 2008

O piloto do dia - Johnny Herbert

Hoje falo de um piloto de parece hoje em dia ser de segunda linha, mas que foi capaz de ganhar nas situações mais inesperadas. Foi considerado como um dos mais promissores pilotos da sua geração em Inglaterra, mas em 1988, um acidente quase o custou a sua carreira. A sua recuperação foi um milagre, e o seu bom humor não foi perdido, e até ganhou as 24 Horas de Le Mans! Hoje falo de Johnny Herbert, no dia em que ele faz 44 anos.

John Paul Herbert nasceu a 25 de Junho de 1964 na cidade de Romford, nos arredores de Londres. Aos dez anos, começou a sua carreira no karting, e as suas performances conduziram-no para a Formula Ford, onde em 1985, vence a Formula Ford Festival, em Brands Hatch. A maneira como conduzia, fez com que os peritos o considerassem como uma das maiores esperanças inglesas, a par com por exemplo, Martin Donnely. Isso fez com que passasse para a Formula 3 britânica, através da equipa de Eddie Jordan. Depois de um ano de adaptação, em 1986, ganhou o título em 1987.



Em 1988, Herbert passa para a Formula 3000, outra vez pela Jordan. Tem uma entrada de leão, ao ganhar a primeira prova, em Jerez de la Frontera, e ainda consegue um terceiro lugar (e a melhor volta) em Monza. Contudo, a 21 de Agosto desse ano, na prova de Brands Hatch, o desastre acontece. Nos treinos, Herbert faz a "pole-position", e liderou boa parte da corrida, mas um acidente entre o suiço Gregor Foitek e o brasileiro Roberto Moreno, fez reiniciar a partida. Na segunda largada, Herbert perde o comando a favor de Martin Donnely, e tinha Foitek a atacar a sua segunda posição. E então é que o desastre acontece. Foitek empurra Herbert para o muro, na zonda da Bridge, e parte ambas as pernas.

As lesões demoram muito tempo para sarar, mas no inicio de 1989, surpeende tudo e todos, ao ser piloto da Benetton de Formula 1! Frças ao seu mentor e amigo, Peter Collins, Herbert surpreende tudo e todos na sua primeira corrida, no calor tórrido de Jacarépaguá, no Rio de Janeiro, ao levar o seu carro para o quarto lugar. Conseguiu mais dois pontos, em Phoenix, mas as suas performances eram demasiado baixas para o mundo competitivo da Formula 1, e foi dispensado depois do GP do Canadá, onde não conseguiu se qualificar. Nesse ano, correu mais duas corridas, pela Tyrrell, substituindo Jean Alesi nas corridas em que ele não podia participar, devido aos seus compromissos com a Formula 3000.

Em 1990, fica grande parte da temporada fora da Formula 1, voltando para a Formula 3000 japonesa. Mas quando Martin Donnely, seu rival em Inglaterra, sofre o seu grave acidente em Jerez de la Frontera, A Lotus pede para o substituir nas últimas provas do campeonato. Assim o faz, e no ano seguinte, fica na Lotus, como segundo piloto, onde por vezes tem que dar lugar a pilotos mais "recheados" na carteira, como Julian Bailey, ou o alemão Michael Bartels.



Entretanto, a Mazda contrata-o para correr nas 24 Horas de Le Mans, a bordo do modelo 781, com o belga Bertrand Gachot e o alemão Wolker Weidler. Alcançam uma vitória inédita, pois não só se tornou na primeira marca japonesa a conseguir ganhar na mítica prova de resistência, como também se tornou no primeiro carro com motor rotativo Wankel a ganhar essa prova.




Em 1992, Herbert fica a tempo inteiro na Lotus, conseguindo dois pontos no total, algo que continua em 1993, desta vez como primeiro piloto, depois da partida de Mika Hakkinen para a McLaren. Nesse ano, consegue a sua melhor classificação até então, com três quartos lugares, e onze pontos no total. É nesta altura que se torna no primeiro companheiro de Pedro Lamy. que vai para a equipa depois do acidente de Alex Zanardi em Spa-Francochamps.


Em 1994, a equipa tem esperanças no nos novos motores, mas nesta altura, os dias da Lotus estavam contados. Não conseguiu pontuar nesse ano, e após o GP de Portugal, vai uma corrida para a Ligier, e faz as restantes duas provas antecipa a ida para a Benetton, ficando no lugar de J.J Letho.


No ano seguinte, está na Benetton, onde faz aquela que é a sua melhor temporada, conseguindo duas vitórias inesperadas em Silverstone e em Monza, depois que os dois principais rivais para o título, Michael Schumacher e Damon Hill, terem desistido e de David Coulthard ter penalizado (no caso inglês). Para além disso, conseguiu mais dois pódios, que lhe valeram, no final do ano, o quarto lugar no campeonato.


Contudo, ele não fica na Benetton na temporada seguinte, perferindo ir para a Sauber, no lugar de Karl Wendlinger. Consegue somente quatro pontos, resultantes de um pódio no desgastante GP do Mónaco, ganho por um tal Olivier Panis... Continua em 1997, conseguindo uma boa temporada, que culmina num pódio e 15 pontos, mas em 1998, só consegue um ponto, na etapa inicial, em Melboune.


Em 1999, transfere-se para a Stewart, sendo companheiro de Rubens Barrichello. Não tem melhores resultados do que o brasileiro, mas em Nurburgring, em mais uma corrida louca, dá a Jackie Stewart a sua primeira e unica vitória da sua carreira como construtor. No final, consegue 15 pontos e o oitavo posto na classificação geral.


No ano seguinte, com a Stewart comprada pela Ford e rebaptizada de Jaguar, Herbert não consegue colocar o carro nos pontos, mas tinha feito o suficiente para não envergonhar, e retira-se no final dessa época.



A sua carreira na Formula 1: 165 Grandes Prémios, em doze temporadas (1989-2000), três vitórias, sete pódios, 98 pontos. Vencedor das 24 horas de Le Mans em 1991.




Depois da sua carreira na Formula 1, volta aos sport-Protótipos e às corridas de Resistência. Em 2004, ganhou as Le Mans Series, a bordo de um Audi R8, vencendo os 1000 km de Monza e de Spa-Francochamps. No ano seguinte, torna-se no Relações Públicas da Jordan (que depois se transforma em Midland). Mas quando muda o nome para Spyker, os novos donos não o renovam o contrato. Desde então, para além das Le Mans Series, onde voltou em 2007, para correr na Aston Martin, correu agora na Speedcar Series, onde se tornou no vencedor da categoria.




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