Bom dia a todos! Sejam bem vindos a mais uma Quinta Coluna, o espaço semanal onde largo as minhas larachas sobre o automobilismo nacional e mundial, com objectividade e critica. Esta semana, fala-se sobre as corridas na Boavista e sobre o desbocado do Bernie Ecclestone, que decidiu dizer o que pensa, e toda a gente não gostou… e mais uns assuntos de última hora, como sempre.
WTCC e PTCC – Os carros estão de volta à cidade!
Uma vez a cada dois anos, a Câmara Municipal do Porto monta na parte ocidental da cidade um circuito urbano que faz recordar a nostalgia do passado, quando nos anos 50 e 60 albergou duas edições do campeonato do Mundo de Formula 1. Hoje em dia, para além dos Formula 1 históricos, tem também o Mundial de Turismo e o Campeonato Nacional de Velocidade, mais conhecidos pelas siglas de WTCC e PTCC.
Em ambos os casos, foram corridas disputadas, mas muito caóticas. A estreiteza do circuito, aliado às velocidades dos carros, e ainda por cima, o tempo que se fez sentir durante o fim-de-semana (choveu no Domingo), fez com que, por exemplo, uma das corridas do PTCC tivesse apenas… quatro voltas competitivas. Nenhuma das corridas importantes do fim-de-semana foi livre de incidentes. Os diversos toques entre concorrentes, que culminaram com a lesão no tornozelo por parte de Sérgio Hernendez, quando colidiu com o Lada de Jaap Van Langen na segunda corrida do WTCC, demonstraram que a elevada velocidade dos carros, aliado à estreiteza do circuito, faz pensar se vale a pena correr aquele circuito, naquelas condições.
Francamente, é engraçado ter um circuito no meio da cidade, para atrair os espectadores, o que foi uma empreitada bem sucedida. Mas… em termos de segurança e espectáculo, será que vale a pena ter um circuito desses? A largura das nossas ruas não é comparável com a das cidades americanas, não é?
Em termos competitivos, BMW e Seat ficaram com uma vitória cada. Gabriele Tarquini e Augusto Farfus subiram ao lugar mais alto do pódio, enquanto que Tiago Monteiro conseguiu amealhar pontos suficientes para subir, agora, ao nono posto da classificação geral. Já é a quarta vez consecutiva que pontua este ano, o que demonstra que os problemas do inicio da temporada estão mais ou menos resolvidos. Só falta uma vitória para coroar esta recuperação...
WTCC e PTCC – Os carros estão de volta à cidade!
Uma vez a cada dois anos, a Câmara Municipal do Porto monta na parte ocidental da cidade um circuito urbano que faz recordar a nostalgia do passado, quando nos anos 50 e 60 albergou duas edições do campeonato do Mundo de Formula 1. Hoje em dia, para além dos Formula 1 históricos, tem também o Mundial de Turismo e o Campeonato Nacional de Velocidade, mais conhecidos pelas siglas de WTCC e PTCC.
Em ambos os casos, foram corridas disputadas, mas muito caóticas. A estreiteza do circuito, aliado às velocidades dos carros, e ainda por cima, o tempo que se fez sentir durante o fim-de-semana (choveu no Domingo), fez com que, por exemplo, uma das corridas do PTCC tivesse apenas… quatro voltas competitivas. Nenhuma das corridas importantes do fim-de-semana foi livre de incidentes. Os diversos toques entre concorrentes, que culminaram com a lesão no tornozelo por parte de Sérgio Hernendez, quando colidiu com o Lada de Jaap Van Langen na segunda corrida do WTCC, demonstraram que a elevada velocidade dos carros, aliado à estreiteza do circuito, faz pensar se vale a pena correr aquele circuito, naquelas condições.
Francamente, é engraçado ter um circuito no meio da cidade, para atrair os espectadores, o que foi uma empreitada bem sucedida. Mas… em termos de segurança e espectáculo, será que vale a pena ter um circuito desses? A largura das nossas ruas não é comparável com a das cidades americanas, não é?
Em termos competitivos, BMW e Seat ficaram com uma vitória cada. Gabriele Tarquini e Augusto Farfus subiram ao lugar mais alto do pódio, enquanto que Tiago Monteiro conseguiu amealhar pontos suficientes para subir, agora, ao nono posto da classificação geral. Já é a quarta vez consecutiva que pontua este ano, o que demonstra que os problemas do inicio da temporada estão mais ou menos resolvidos. Só falta uma vitória para coroar esta recuperação...
No caso do PTCC, este ano tem incluído uma competição diferente: a Taça de Portugal em circuitos, aproveitando os traçados urbanos da Boavista e Vila Real. Esperava-se um aumento no número de inscritos e foi o que aconteceu: 28, contra os habituais 14 quando correm nos circuitos permanentes de Braga, Estoril e Portimão. Viram-se máquinas novas, desde BMW’s a Diesel e até um Mini Cooper, mas o mais invulgar foi ver um carro de quatro rodas motrizes, vindos dos ralis, a vencer uma corrida. Foi o que aconteceu a José Monroy, que costuma conduzir um Mitsubishi Lancer Evo IX, que normalmente se vê mais em estrada do que na pista. Ele venceu a primeira corrida do dia, onde até foi normal, porque o Safety Car só entrou na pista… duas vezes. A segunda corrida foi pior, pois tinha um tempo limite e as entradas constantes do Safety Car, a última das quais foi quando houve uma colisão entre José Monroy e Patrick Cunha, um dos muitos concorrentes que correm num Seat Leon. Aí, a corrida foi interrompida, e os pilotos envolvidos… subiram ao pódio, porque eles disputavam o segundo posto. É assim como estão inscritos os regulamentos.
Na semana que vem ainda haverão corridas na Boavista, mas isso será mais para rever automóveis de outras eras, que passearão a sua classe perante milhares de fãs do automobilismo que estarão nas bancadas a assistir a tudo. E aí, os pilotos prometerão ser cuidadosos na condução…
IRL – A vitória do “underdog”
Em inglês, “underdog” significa o menos favorito. Nas bolsas de apostas, o britânico Justin Wilson e a sua equipa tinham eventualmente uma possibilidade alta de não ganhar, porque a Dale Coyne, uma das mais tradicionais do pelotão, nunca tinha ganho uma prova na sua longa história de 25 anos de competição, quer na CART, quer agora na IRL. Mas quando o pelotão foi para Watkins Glen, um circuito tradicional, depois de sete corridas consecutivas em ovais, e aproveitou o facto de não terem testado convenientemente no Sábado devido à chuva para ficar bem posicionado para a corrida, aproveitou uma excelente tática de pneus para levar a melhor sobre Scott Dixon e Ryan Briscoe, respectivamente da Chip Ganassi e da Penske, as unicas equipas que tinham ganho todas as provas do campeonato deste ano.
Na semana que vem ainda haverão corridas na Boavista, mas isso será mais para rever automóveis de outras eras, que passearão a sua classe perante milhares de fãs do automobilismo que estarão nas bancadas a assistir a tudo. E aí, os pilotos prometerão ser cuidadosos na condução…
IRL – A vitória do “underdog”
Em inglês, “underdog” significa o menos favorito. Nas bolsas de apostas, o britânico Justin Wilson e a sua equipa tinham eventualmente uma possibilidade alta de não ganhar, porque a Dale Coyne, uma das mais tradicionais do pelotão, nunca tinha ganho uma prova na sua longa história de 25 anos de competição, quer na CART, quer agora na IRL. Mas quando o pelotão foi para Watkins Glen, um circuito tradicional, depois de sete corridas consecutivas em ovais, e aproveitou o facto de não terem testado convenientemente no Sábado devido à chuva para ficar bem posicionado para a corrida, aproveitou uma excelente tática de pneus para levar a melhor sobre Scott Dixon e Ryan Briscoe, respectivamente da Chip Ganassi e da Penske, as unicas equipas que tinham ganho todas as provas do campeonato deste ano.
Para um piloto que passou discretamente pela Formula 1 (em termos de resultados, mas não em termos fisicos, pois mede... 1.93 metros!), a sua carreira nos Estados Unidos até tem sido boa, pois pontua regularmente. Mas desde que veio para a IRL, só conseguira uma vitória, em Detroit, e este ano tinha ido para a Dale Coyne, depois de ter estado na Newman-Haas-Lanigan, subsituindo Sebastien Bourdais.
Na próxima semana teremos outra prova em circuito citadino, mais concretamente em Toronto. Veremos se volta a normalidade Chip Ganassi/Penske, ou teremos mais uma surpresa proveniente de outro "underdog"?
Formula 1 – O destapar da máscara e o regresso dos fantasmas
Todos nós sabemos que Bernie Ecclestone e Max Mosley não são flores que se cheirem. Conhecemos perfeitamente a sua postura e o seu comportamento perante a formula 1. Quando um tem uma estrutura que gere o automobilismo, do qual fica com metade dos lucros, e a outra metade é dividida por dez partes iguais às equipas do actual pelotão, e quando temos outra personagem que segue a politica do “quero, posso e mando”, modificando os regulamentos a seu bel-prazer, sem ouvir as equipas. Como sabem, a "ideia peregrina" de ter uma pontuação apenas e só baseada nas vitórias só não foi para a frente porque havia um Acordo de Concórdia feito antes, em que dizia que qualquer regulamento tinha que ter a concordância das equipas.
Formula 1 – O destapar da máscara e o regresso dos fantasmas
Todos nós sabemos que Bernie Ecclestone e Max Mosley não são flores que se cheirem. Conhecemos perfeitamente a sua postura e o seu comportamento perante a formula 1. Quando um tem uma estrutura que gere o automobilismo, do qual fica com metade dos lucros, e a outra metade é dividida por dez partes iguais às equipas do actual pelotão, e quando temos outra personagem que segue a politica do “quero, posso e mando”, modificando os regulamentos a seu bel-prazer, sem ouvir as equipas. Como sabem, a "ideia peregrina" de ter uma pontuação apenas e só baseada nas vitórias só não foi para a frente porque havia um Acordo de Concórdia feito antes, em que dizia que qualquer regulamento tinha que ter a concordância das equipas.
Agora, no passado Sábado, com a Formula 1 de férias, Bernie Ecclestone decidiu abrir a boca no jornal "The Times" para falar sobre as suas convicções politicas. Confesso que não fiquei muito surpreendido quando disse as seguintes afirmações:
"A democracia não fez muitas coisas boas em muitos países, incluindo este [Grã-Bretanha]".
"Gosto de pessoas com mentes decididas. Acho que é parvo ir sempre falar com a nossa avó antes de fazer qualquer coisa. Eu tomo decisões, às vezes erradas, às vezes acertadas - desde que se tomem mais acertadas do que erradas, então tudo bem".
"Prefiro líderes fortes. Margaret Thatcher tomou muitas decisões e cumpriu o seu trabalho. Foi ela que construiu este país lentamente. Deixámo-lo ir abaixo, outra vez. Todos estes políticos, Gordon (Brown) e Tony (Blair) estão sempre a tentar agradar a todos ao mesmo tempo".
"Pode parecer terrível dizer isto, mas aparte o facto de Hitler se ter deixado levar e ser persuadido a fazer coisas que não sei que ele queria fazer ou não, de muitas formas, ele estava em posição de comandar muita gente e conseguir que as coisas fossem feitas. No final, ele acabou por perder-se, pelo que não foi um bom ditador, porque, ou tinha noção do que estava a acontecer [no seu país] e insistiu nisso, ou apenas não se importou... de qualquer forma, ele não foi um ditador".
"Gosto de pessoas com mentes decididas. Acho que é parvo ir sempre falar com a nossa avó antes de fazer qualquer coisa. Eu tomo decisões, às vezes erradas, às vezes acertadas - desde que se tomem mais acertadas do que erradas, então tudo bem".
"Prefiro líderes fortes. Margaret Thatcher tomou muitas decisões e cumpriu o seu trabalho. Foi ela que construiu este país lentamente. Deixámo-lo ir abaixo, outra vez. Todos estes políticos, Gordon (Brown) e Tony (Blair) estão sempre a tentar agradar a todos ao mesmo tempo".
"Pode parecer terrível dizer isto, mas aparte o facto de Hitler se ter deixado levar e ser persuadido a fazer coisas que não sei que ele queria fazer ou não, de muitas formas, ele estava em posição de comandar muita gente e conseguir que as coisas fossem feitas. No final, ele acabou por perder-se, pelo que não foi um bom ditador, porque, ou tinha noção do que estava a acontecer [no seu país] e insistiu nisso, ou apenas não se importou... de qualquer forma, ele não foi um ditador".
O irónico é que, especialmente devido a esta última frase, o próprio Ecclestone tem origens judaicas. Dá-se bem com muita gente judia, e dizer bem de Hitler significa a mesma coisa do que é um católico praticante afirmar que admira Satanás e tem um altar privado em casa. Como os pais de Max Mosley se deram muito bem com o próprio Hitler, pode-se dizer que ambos são mesmo "unha com carne". Portanto, o segredo do sucesso destes dois está revelado...
Claro, houve a habitual onda de indignação, e alguns dias depois, Ecclestone admitiu que fez mal em ter dito aquilo. Fez um "mea culpa" e admitiu que tudo aquilo foi uma idiotice: "Fui um grande idiota, e peço desculpa por isso. Genuinamente, peço desculpa. Nunca apoiei Hitler, e penso que não há ninguém no mundo que o possa fazer, por causa das atrocidades que cometeu. Lamento pelas pessoas que interpretaram as minhas palavras duma forma negativa." Repita mais vezes essa frase, se faz favor!
Ainda bem que esta polémica se encontra (aparentemente) encerrada. Porque outra vem já a seguir, e é mais um desenterrar do machado de guerra, pois a FIA resolveu lembrar que as suas inscrições são provisórias e que não tem palavra em relação a alterações regulamentárias para 2010. Resultado? A FOTA afirmou que os seus planos para um campeonato paralelo continuam de pé...
A sensação que tenho é que o Acordo está cada vez mais a ficar "letra morta". Porque é que não resolvam isto de vez e façam o campeonato paralelo? Os fãs começam a ficar cansados desta politica, sabiam? Se calhar até sabem...
Enfim, vamos pra o fim de semana, onde teremos a Formula 1 nas frias paragens alemãs. Prevê-se chuva. Será que vai ser mais uma do Sebastien Vettel? Até seria uma bela prenda de aniversário. E se o Rubens Barrichello chegar ao pódio, quero vê-lo a fazer o "moonwalk". Promessa é dívida! Abraços a todos, bom fim de semana.
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