Apesar da carreira com mais de 30 anos, Adrian Newey e Ross Brawn aparentemente nunca estiveram juntos numa equipa, a trabalhar num projecto em comum, certo? Errado. Eles trabalharam juntos por uma vez, num projecto que prometia muito mas que se revelou num fracasso total: a Lola Haas.
Em 1985, Carl Haas, em conjunto com a cadeia de supermercados Beatrice, decidiu avançar para a Formula 1, com o apoio dos motores Ford Cosworth Turbo. Dirigido na pista por Teddy Mayer, ex-patrão da McLaren, e com um Director Técnico de sonho, Neil Oatley, que desenhou o chassis construido pela Lola, Adrian Newey trabalhava no departamento de aerodinâmica, e Ross Brawn era engenheiro de pista numa equipa que tinha como pilotos o australiano Alan Jones e o francês Patrick Tambay.
Contudo, o facto do patrocinador principal se ter retirado logo no inicio da temporada de 1986, aliado à pouca fiabilidade do motor Ford, fez com que a coisa não durasse muito, apesar de terem conseguido seis pontos nesse ano (quatro para Jones, dois para Tambay). Desses tempos, Newey afirma que tinha "um ambiente de trabalho excepcional, mas também um projecto que abortou quando perdemos o patrocinador ainda antes de começar a temporada".
E quanto aos dois, trocam elogios mútuos. De Ross Brawn, Newey recorda o seguinte: " A lógica prática no seu trabalho e a capacidade para tomar decisões correctas sob pressão". Elogio esse devolvido por Brawn em relação a Newey: "Tive pouco contacto com o Adrian, mas o suficiente para ver que estava ali um jovem de grandes qualidades". Sem dúvida, um génio sabre reconhecer outro...
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