terça-feira, 15 de dezembro de 2009

O futuro próximo de Alvaro Parente

A notícia começou por aparecer no Sábado, mas decidi esperar até ao dia do anúncio oficial para comentar a notícia com mais calma e mais “cabeça”. Pois bem: Álvaro Parente está com meio pé na Formula 1, ao serviço da Virgin como piloto de testes. Será um dos dois "terceiros pilotos" da equipa, ao lado do brasileiro Luiz Razia, e ficará atento aos azares dos titulares, o alemão Timo Glock e o brasileiro Lucas Di Grassi. Isso significa o quê, para aquele que não entende este tipo de coisas? Pode significar um passo atrás, mas um prelúdio para dar dois passos à frente.


Como podem ver, a principio fiquei desiludido pelo facto de não entrar na Formula 1 como piloto titular, já em 2010. Numa altura em que os testes estão reduzidos a pouco mais de zero, pelo menos após o começo da época, ser terceiro piloto nestas alturas significa, como todos sabem, pouco mais do que nada. Creio que apostou todas as fichas nesta equipa, e conseguiu uma meia vitória. Mas achava eu que deveria ter tentado outras hipóteses, como por exemplo a Campos Meta. Correr ao lado de Bruno Senna, a titular, teria sido muito melhor, pois não só teria um volante para competir em 2010, como também seria uma competição interessante perante alguém que carrega um sobrenome mítico. Mas provavelmente, quando li no Sábado o tal desfecho, tinha a sensação que este acordo teria outros factores adicionais.


E aparentemente, existe. O ingresso na Virgin pode dar-lhe num volante competitivo em 2010 na GP2. O ideal, julgava eu, seria o regresso á Ocean Racing, do Tiago Monteiro, e continuar o bom trabalho que conseguiram na última temporada. Mas a Ocean só tem uma época completa na GP2, com bons resultados no final da época. E nesta terceira temporada na GP2, o propósito será com as baterias apontadas ao título, à semelhança daquilo que fez Nico Hulkenberg em 2009. E como sabem, no caso do alemão, teve bons resultados. Logo, os espanhois começaram a falar da Racing Engeneering, do Principe Alfonso de Orleães-Bourbon. Seria uma excelente escolha para ele, porque é uma equipa que luta sempre pelo título, acolheu Lucas di Grassi em 2009 e deu o título a Giorgio Pantano em 2008. Se mantiverem a média e Parente manter a garra e alguma sorte, terá todos os ingredientes para conquistar o céptro. Se assim for, as portas da Formula 1 abrir-se-iam de par em par.


Espero que a Virgin ajude Parente nesse aspecto em 2010. Tem de ser, já que provavelmente não terá muitas hipóteses de se sentar no chassis da Virgin nos testes da pré-época. Nem sei se farão algum teste em Portimão, ou se a máquina da marca fundada por Richard Branson irá incluir Parente em acções promocionais, à semelhança do que faz a Red Bull. Se calhar ainda veremos o Álvaro numa capital qualquer, a acelerar o seu Virgin pelo centro dessa cidade... Em suma, acho que o sucessor do Di Grassi como “piloto showman” é o Álvaro.


No final... estarei desiludido com esta situação? Respondo que podia ser pior. Veremos o que 2010 nos reserva.

1 comentário:

Anónimo disse...

Parente é um piloto muito bom e com muito potencial. Pra mim é o melhor portugues desde Pedro Lamy. Lamy, alias, é o melhor piloto portugues de todos os tempos, seus resultados pré F1 e pós F1 provam isso. E mesmo sua passagem pela F1, embora não tendo sido exepcional, não pode se dizer que tenha sido ruim, pois só guiou caaros ruins: Lotus, prestes a falir e Minardi. Se tivesse conseguido um bom patrocionio p 1997 e fosse p/ Jordan,como seu ex-companheiro de Minardi Fisichella, quem sabe ele teria vitórias também na F1. Espero que Parente tenha melhor sorte na F1. Mas pra isso tem que aproveitar bem os poucos testes que fará e, no mínimo brigar pelo título da GP2. Se isso acontecer tem tudo para ser titular em 2011.