terça-feira, 12 de janeiro de 2010

12 de Janeiro de 1975, o inicio da aventura

Há 35 anos, começava a aventura da equipa brasileira na Formula 1. O sonho de Wilson Fittipaldi, num chassis projectado pelo seu amigo Ricardo Divila, estava finalmente perante a concorrência no primeiro Grande Prémio da temporada, em Buenos Aires. Numa corrida ganha pelo seu irmão Emerson Fittipaldi, o seu irmão Wilson regressava à Formula 1 ao volante do chassis FD01, partindo do 23º e último lugar da grelha, e a correr durante somente treze voltas antes que um acidente o imobilizasse, causando um incêndio.


Aquele chassis FD01 (a sigla significava Fittipaldi-Divila, tal como eram batizados os chassis da Brabham) era belo, mas pouco funcional. Somente correu naquele Grande Prémio, pois na corrida seguinte, em Interlagos, Wilson rolaria com o chassis reconstruido, o FD02, um pouco mais convencional daquele que fora visto na Argentina.

Mas naquele doze de Janeiro de 1975, era o inicio da aventura. Com mais baixos do que altos, é certo, mas durante as oito temporadas que a aventura durou, e com más criticas vindas da sua terra natal, o Brasil fez parte de uma elite que poderia dizer que tinha uma equipa na categoria máxima do automobilismo. Hoje, passada uma geração, esse esforço e dedicação começa a ser gradualmente reconhecido, e o primeiro chassis, o FD01, foi restaurado e mostrado ao público como o simbolo da tecnologia tupiniquim aos olhos do mundo.

4 comentários:

Edgard Pinto Júnior disse...

www.oconsumidoremdebate.blogspot.com

A equipe Fittipaldi Copersucar sempre foi ridicularizada e mal vista, aqui no Brasil, sempre um símbolo de derrota antecipada...
Os críticos só queriam saber de falar mal, mas não reconheciam que pessoas de talento e vanguarda estavam ali, debutando, no meio dos tubarões da categoria.
Se, sempre o 'se', o incentivo e apoio de patrocinadores tivesse ajudado mais, com certeza até hoje estariam por lá, é uma pena.
Basta lembrar que seus projetos eram ousados e com soluções radicais, que depois vieram a ser copiadas pelas demais equipes. Um projetista ousado e, ainda, um piloto que ao mudar de equipe, no ano seguinte foi campeão do mundo (Keke Rosberg).

Felipão disse...

Isso que o Edgard disse é verdade. Ainda bem que hj a situação diferente. As pessoas reconhecem que o trabalho dos brother Fittipaldi...

Daniel Médici disse...

Recentemente escrevi no meu blog sobre a crise da formação de engenheiros para o esporte a motor. Nota-se que nos anos 70 havia iniciativas muito mais ousadas de construção de carros.

A Copersucar-Fittipaldi é um orgulho para os brasileiros, em que pese o nosso péssimo senso crítico.

walter disse...

Estou com vergonha...
Só o Speeder lembra do Wilson e de sua equipe Fittipaldi.
Parabéns e obrigado ao Speeder e ao Wilsinho, que largou uma carreira promissora, para se lançar numa aventura dificílima e caríssima para ele.