Quinze dias depois de terem corrido em Buenos Aires, máquinas e pilotos rumaram a Interlagos, palco do Grande Prémio do Brasil. O asfalto ondulante que a pista tinha era factor de preocupação para os pilotos, que a achavam demasiado perigosa para os seus estilos de condução, em máquinas que dependiam do efeito-solo para a sua eficácia em corrida. Jody Scheckter, o campeão do Mundo, tinha manifestado essa preocupação para a imprensa. Para piorar as coisas, em muitos sítios não existiam redes de protecção, e em caso de despiste, os pilotos corriam o risco de ver os seus carros catapultarem devido a alguns buracos nela existentes.
Apesar dessas preocupações, a corrida realizou-se como planeado. Sem modificações na lista de inscritos, os treinos decorreram normalmente, com os Renault mostraram o seu melhor, com Jean-Pierre Jabouille na pole-position, tendo a seu lado na segunda posição o Ligier de Didier Pironi. Gilles Villeneuve era o terceiro, e ao seu lado estava o Williams de Carlos Reutmann. Na terceira fila estava o segundo Ligier de Jacques Laffite e o segundo Renault de René Arnoux. O Lotus de Elio de Angelis tinha conseguido o sétimo melhor tempo, seguido pelo Ferrari do campeão Jody Scheckter. Na quinta fila estavam o Brabham de Nelson Piquet e o segundo Williams de Alan Jones.
Dos 28 pilotos inscritos, somente 24 conseguiram um tempo que lhes permitia participar na corrida. E o mesmo filme da Argentina repetiu-se: os Shadow de Dave Kennedy e Stefan Johansson, bem como o ATS de Jan Lammers e o Osella de Eddie Cheever, falharam de novo a qualificação. Quanto aos Fittipaldi que corriam em casa, Emerson Fitipaldi foi 19º, atrás de Keke Rosberg, que partia do 15º posto. E ambos estavam na frente dos Alfa Romeo de Patrick Depailler, que partia da 21ª posição. Alain Prost, um dos “rookies”, era 13º na grelha, muito á frente de John Watson, que era 23º e penúltimo, somente tendo atrás de si o Tyrrell de Derek Daly.
Debaixo de calor, máquinas e pilotos alinharam para o Grande Prémio do Brasil, perante um autódromo cheio. E no momento da partida, Villeneuve faz uma das suas arrancadas pelo qual tinha ganho fama, surpreendendo Jabouille e Pironi e passando para o comando da corrida. O canadiano passou nessa posição no final da primeira volta, ao mesmo tempo que Reutmann e Mario Andretti ficavam pelo caminho, vitimas respectivamente de dirigibilidade e de um pião.
Jabouille tinha também sido surpreendido por Laffite, que no final dessa volta era terceiro, atrás de Pironi e Villeneuve. A partir da volta dois, o francês da Renault começou a reagir, tentando apanhar os Ligier. Consegue fazê-lo no final da segunda volta e depois passou Villeneuve, com o poder do seu motor Turbo. Pouco depois, o canadiano fica para trás e tem de parar para colocar pneus novos. Pouco depois, Pironi tem de parar por causa de problemas com uma das saias laterais. Perde tempo e sai muito atrás na classificação, mas começa a partir daqui uma corrida de recuperação.
Entretanto, Jabouille estava na frente, seguido por Laffite e Arnoux. Na volta 14, o motor Cosworth do seu Ligier não aguenta e desiste. Com isto, a Renault está em posição de dobradinha, bastando agora apenas que os carros resistissem desta vez e traduzissem essa superioridade em pontos. Atrás deles estava o Lotus do jovem Elio de Angelis, que aos 21 anos estava a fazer a sua melhor corrida da sua curta carreira. Jones era agora quarto, e os brasileiros ficaram cedo desiludidos quando viram Nelson Piquet abandonar na volta nove, devido a uma falha na suspensão.
A meio da corrida, Pironi já tinha recuperado muito do terreno perdido nas boxes e já era sétimo, pressionando o Arrows de Riccardo Patrese e o McLaren de Prost. Pouco tempo depois, conseguiu passar ambos os pilotos e chegara á quinta posição. E foi nessa altura que Jabouille, que liderava confortavelmente, tem problemas no Turbo e abandona, entregando o comando ao seu companheiro Arnoux.
Depois disto, não houve grande história, com o francês a levar o seu carro até ao fim, conseguindo assim a sua primeira vitória na Formula 1 e a segunda da Renault (e de um motor Turbo) na sua história. Elio de Angelis foi segundo, dando a Colin Chapman o seu primeiro pódio do ano, e a Alan Jones o terceiro posto, consolidando o seu comando no campeonato. Didier Pironi foi o quarto, Alain Prost o quinto e Riccardo Patrese fechou os pontos com o seu Arrows, na sexta posição. Keke Rosberg foi o melhor dos Fittipaldi, na nona posição, a uma volta do vencedor.
Fontes:
http://en.wikipedia.org/wiki/1980_Brazilian_Grand_Prix
http://www.grandprix.com/gpe/rr330.html
Apesar dessas preocupações, a corrida realizou-se como planeado. Sem modificações na lista de inscritos, os treinos decorreram normalmente, com os Renault mostraram o seu melhor, com Jean-Pierre Jabouille na pole-position, tendo a seu lado na segunda posição o Ligier de Didier Pironi. Gilles Villeneuve era o terceiro, e ao seu lado estava o Williams de Carlos Reutmann. Na terceira fila estava o segundo Ligier de Jacques Laffite e o segundo Renault de René Arnoux. O Lotus de Elio de Angelis tinha conseguido o sétimo melhor tempo, seguido pelo Ferrari do campeão Jody Scheckter. Na quinta fila estavam o Brabham de Nelson Piquet e o segundo Williams de Alan Jones.
Dos 28 pilotos inscritos, somente 24 conseguiram um tempo que lhes permitia participar na corrida. E o mesmo filme da Argentina repetiu-se: os Shadow de Dave Kennedy e Stefan Johansson, bem como o ATS de Jan Lammers e o Osella de Eddie Cheever, falharam de novo a qualificação. Quanto aos Fittipaldi que corriam em casa, Emerson Fitipaldi foi 19º, atrás de Keke Rosberg, que partia do 15º posto. E ambos estavam na frente dos Alfa Romeo de Patrick Depailler, que partia da 21ª posição. Alain Prost, um dos “rookies”, era 13º na grelha, muito á frente de John Watson, que era 23º e penúltimo, somente tendo atrás de si o Tyrrell de Derek Daly.
Debaixo de calor, máquinas e pilotos alinharam para o Grande Prémio do Brasil, perante um autódromo cheio. E no momento da partida, Villeneuve faz uma das suas arrancadas pelo qual tinha ganho fama, surpreendendo Jabouille e Pironi e passando para o comando da corrida. O canadiano passou nessa posição no final da primeira volta, ao mesmo tempo que Reutmann e Mario Andretti ficavam pelo caminho, vitimas respectivamente de dirigibilidade e de um pião.
Jabouille tinha também sido surpreendido por Laffite, que no final dessa volta era terceiro, atrás de Pironi e Villeneuve. A partir da volta dois, o francês da Renault começou a reagir, tentando apanhar os Ligier. Consegue fazê-lo no final da segunda volta e depois passou Villeneuve, com o poder do seu motor Turbo. Pouco depois, o canadiano fica para trás e tem de parar para colocar pneus novos. Pouco depois, Pironi tem de parar por causa de problemas com uma das saias laterais. Perde tempo e sai muito atrás na classificação, mas começa a partir daqui uma corrida de recuperação.
Entretanto, Jabouille estava na frente, seguido por Laffite e Arnoux. Na volta 14, o motor Cosworth do seu Ligier não aguenta e desiste. Com isto, a Renault está em posição de dobradinha, bastando agora apenas que os carros resistissem desta vez e traduzissem essa superioridade em pontos. Atrás deles estava o Lotus do jovem Elio de Angelis, que aos 21 anos estava a fazer a sua melhor corrida da sua curta carreira. Jones era agora quarto, e os brasileiros ficaram cedo desiludidos quando viram Nelson Piquet abandonar na volta nove, devido a uma falha na suspensão.
A meio da corrida, Pironi já tinha recuperado muito do terreno perdido nas boxes e já era sétimo, pressionando o Arrows de Riccardo Patrese e o McLaren de Prost. Pouco tempo depois, conseguiu passar ambos os pilotos e chegara á quinta posição. E foi nessa altura que Jabouille, que liderava confortavelmente, tem problemas no Turbo e abandona, entregando o comando ao seu companheiro Arnoux.
Depois disto, não houve grande história, com o francês a levar o seu carro até ao fim, conseguindo assim a sua primeira vitória na Formula 1 e a segunda da Renault (e de um motor Turbo) na sua história. Elio de Angelis foi segundo, dando a Colin Chapman o seu primeiro pódio do ano, e a Alan Jones o terceiro posto, consolidando o seu comando no campeonato. Didier Pironi foi o quarto, Alain Prost o quinto e Riccardo Patrese fechou os pontos com o seu Arrows, na sexta posição. Keke Rosberg foi o melhor dos Fittipaldi, na nona posição, a uma volta do vencedor.
Fontes:
http://en.wikipedia.org/wiki/1980_Brazilian_Grand_Prix
http://www.grandprix.com/gpe/rr330.html
2 comentários:
a francesa Renault iria fazer doblete se o turbo de Jabouille não estragasse...
o ano seguinte a Williams FEZ doblete, mais o temperamental Jones negou-se a subir no pódio.
Speeder,
Essa maquina da Renault era muito forte,bons tempos.
abraço
Enviar um comentário