"Os finlandeses sempre tiveram grandes pilotos nos ralis, mas houve um que conseguiu ser ainda mais rebelde, corajoso e selvagem na sua condução do que os restantes seus compatriotas que dominaram – e ainda dominam – o mundo dos ralis. Numa era onde houve pilotos do calibre de Markku Alen, Ari Vatanen, Hannu Mikkola e Timo Salonen, Henri Toivonen era o jovem, talentoso e um pouco mais selvagem do que os outros. Mas o seu estilo de condução seduziu nuitos aficionados, especialmente em Itália, que o chegaram a comparar a Gilles Villeneuve. Há precisamente 25 anos, Toivonen e o seu navegador, Sergio Cresto, morriam vitimas de um despiste no Rali da Córsega. (...)"
O rali da Córsega era conhecido como o "Rali das Dez Mil Curvas". Disputado em asfalto, era um rali exigente devido à sinuosidade das suas estradas. Henri Toivonen era jovem e rápido, um pouco impetuoso, mas provavelmente um dos poucos capazes de tirar partido das potentes máquinas do então "Grupo B", que tinham cerca de mil cavalos e um peso interior a 500 quilos, tornando-se carros dificeis de controlar.
A sua rapidez e carisma faziam-no num dos favoritos dos fãs. Vencedor por várias vezes, em várias máquinas, que iam desde o Talbot Sunbeam Lotus até ao Porsche 911, era capaz de dar o seu melhor e retirar o melhor do seu carro para ser mais veloz do que os outros. A sua morte foi o culminar de uma série de eventos que tinham ocorrido oito semanas antes, em Portugal, quando o Ford RS200 de Joaquim Santos perdeu o controlo na classificativa da Lagoa Azul e matou três pessoas. Ali, os pilotos oficiais decidiram retirar-se da prova e o comunicado oficial foi lido por... Toivonen.
Por causa dos eventos na Córsega, a FISA, presidida por Jean-Marie Balestre, decidiu no dia seguinte tão marcante acontecimento que os Grupo B iriam ser abolidos no final dessa temporada. Era o final anunciado de uma era, marcada por este acidente. Se quiserem ler uma biografia do piloto, passem pelo site Pódium GP que está por lá.
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