"Das 41 vitórias que Ayrton Senna teve ao longo da sua carreira de onze temporadas, treze delas aconteceram em circuitos citadinos. Senna conseguiu vencer em todos os carros que andou, exceto na Toleman e Williams. O Mónaco é o circuito mais óbvio, pois foi nesse circuito de rua que Senna conseguiu erguer grande parte do seu mito, vencendo por seis vezes entre 1987 e 1993. Mas houve outros circuitos de rua onde Senna conseguiu vencer, como Detroit, Phoenix e Adelaide, na Austrália. Aliás, foi no circuito australiano que conseguiu a sua 41ª e última vitória, em 1993, ao serviço da McLaren."
É assim que começa o artigo de hoje no Pódium GP. No dia em que se lembram os dezassete anos do desaparecimento de Ayrton Senna, as vitórias nos circuitos urbanos são uma parte importante da sua carreira, sendo que alguns dos seus grandes feitos aconteceram em pistas de cidade. O seu primeiro grande momento foi no Mónaco, em 1984, onde ainda na Toleman, consegue chegar ao segundo posto numa corrida marcada pela chuva.
O Mónaco será o palco mais meritório de Senna. Vencerá seis vezes, cinco delas consecutivamente, e a vitória de 1992 é a mais lembrada pelo fato de ter "caido do céu", onde aproveitou um azar de Nigel Mansell com uma das suas rodas e o fato de Senna ter defendido o seu primeiro lugar nas últimas cinco voltas da corrida, conseguindo na altura igualar o recorde de Graham Hill. E no ano seguinte, conseguia superá-lo, um recorde que se mantêm até hoje.
Mas é também num circuito citadino que Senna conseguiu a sua última vitória. Foi em 1993, e aquilo marcava o final de uma era. O seu grande rival, Alain Prost, retirava-se e ele iria para o seu lugar na Williams, e claro, era a última corrida pela McLaren. No final da corrida, e num gesto de desportivismo, saudou o seu grande rival, pois sabia-se que os dois não correriam mais um contra o outro. E assim foi.
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