O segundo dia do Rali da Sardenha serviu basicamente para duas coisas: para Sebastien Löeb, foi de manter a liderança ao ponto de ter a vitória na mão. Para a concorrência, serviu para dar emoção na luta pelo segundo posto entre os Citroen de Sebastien Ogier e Petter Solberg, e o Ford sobrevivente de Mikko Hirvonen.
Apesar de Löeb ter hoje a tarefa ingrata de abrir a estrada, não fez rogado e deu o seu melhor para manter a liderança da prova, apesar de Hirvonen ter recuperado parte do atraso que teve graças a um furo na parte final do dia anterior, chegando a sua diferença para Löeb a ser diminuida em 30 segundos e subindo ao segundo posto. Mas não pode descansar, pois tem Solberg e Ogier atrás de si, com o pior deles todos a 11,2 segundos do finlandês da Ford. Em suma, o segundo lugar está em aberto, já que o primeiro tem um dono que só o perderá se avariar ou despistar-se.
Atrás deles, a uma distância considerável - mais de um minuto sobre Solberg - está o Ford de Mads Ostberg, que está a ter um bom rali, depois dos maus desempenhos em Portugal e na Jordânia. O seu quinto lugar é tranquilo, já que tem mais de 45 segundos de vantagem sobre o Mini de Dani Sordo, que apesar de alguns problemas no acelerador, está a fazer um bom rali.
Surpreendente está a ser o desempenho do estónio Ott Tanak. Primeiro na classe SWRC, é o sétimo da geral, muito à frente de muitos carros do WRC, desde os que voltaram à estrada pelo método Superrally (Meeke, Latvala, Villagra) aos que costumam ter menor andamento (Kuipers, Wilson, Al Qassimi). Juho Hanninen é o segundo na classe, e o oitavo na geral, à frente de Matthew Wilson.
A luta pelo décimo posto - e o último lugar pontuável - é outra luta ao rubro, com o qatari Nasser Al Attyah, um Ford Fiesta S2000, na frente de Khaled Al Qassimi, Dennis Kuipers e Armindo Araujo, que continua na sua adaptação ao Mini Countryman WRC. Uma adaptação algo complicada, prejudicada com alguns problemas de aceleração - o mesmo de Sordo - e pelo fato de se ter soltado um objeto dentro do carro, que lhe dificultou a concentração. Apesar de ter caido para o 13º lugar, o décimo lugar ainda é possivel.
Já Bernardo Sousa é o quinto classificado na classe S2000 e o 16º na geral, embora tivesse passado um susto no final da manhã, quando saiu da estrada no penultimo troço da manhã, batendo numa pedra que estava fora da estrada. O carro nada sofreu, mas Bernardo bateu com o braço esquerdo numa das barras da estrutura, magoando-o. Suspeitou-se de fratura, mas nada tinha e prosseguiu em frente.
Quanto à prova em si, o piloto da Madeira explicou que "não vou fazer milagres porque a distância para os pilotos da frente já é grande, mas vou esperar para ver o que vai acontecer nos próximos troços e para ver o que vai suceder com os outros pilotos".
O Rali da Sardenha termina amanhã.
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