E depois de especulações nos jornais e na TV, testes, peças que tiveram de ser arranjadas à ultima da hora e despedimentos a poucas semanas do inicio do campeonato, começou a temporada de 2012 da Formula 1. O primeiro de vinte (?) finais de semana da categoria máxima do automobilismo, começou com tempo nublado e pista húmida, o que fez com que alguns carros ficassem nas boxes, esperando que a pista secasse. Alguns aventuraram-se na pista, mas depois de uma volta, regressaram ao local de partida, esperando que secasse mais um pouco.
Todos pensavam assim... excepto a HRT. De facto, Narain Karthikeyan tentou dar umas voltas, mas depois o carro ficou em pane, depois de um problema com a injeção de combustivel. Isto, numa altura em que nas horas anteriores aos primeiros treinos livres, a equipa tinha pedido aos técnicos e comissários da FIA para que adiassem a sua passagem, porque o carro... ainda não estava pronto. Sim, não é ainda a Andrea Moda, mas para lá caminha.
Outro dos grandes problemas aconteceu na Lotus, quando o regressado Kimi Raikkonen, depois de dar uma volta na pista, regressou às boxes para que mudassem... a coluna de direção, que não funcionava como devia de ser. E deveria ter sido grave, para que ele ficasse nas boxes durante esse tempo todo. No final, disse: “É o que é e vou tentar fazer o meu melhor com isso. Parece que funciona bem nalguns circuitos, mas em determinadas condições e nalguns locais pode dar-nos alguns problemas, mas espero que antes da próxima corrida possamos ter uma nova e tudo fique bem”. Contudo, ele tem plena consciência de que este não vai ser um grande final de semana. Logo agora que tinha regressado depois de dois anos de ralis...
Mas depois do asfalto secar, os resultados apareceram. E os melhores nesta sessão foram os McLaren, com Jenson Button na frente de Lewis Hamilton. Michael Schumacher foi o terceiro no seu Mercedes, demonstrando boa forma aos 43 anos, ficando na frente do Ferrari de Fernando Alonso e o Red Bull de Mark Webber, que "jogando em casa", foi melhor do que Sebastian Vettel, apenas 11º. Nico Rosberg foi sexto, e outro piloto que "joga em casa", Daniel Ricciardo, foi o sétimo no seu Toro Rosso, na frente do Williams de Pastor Maldonado. Kimi Raikkonen, apesar dos seus problemas com a direção assistida, marcou o nono tempo, e Kamui Kobayashi ficou com o décimo, no seu Sauber-Ferrari.
A segunda sessão foi, em alguns aspectos, uma fotocópia da primeira: choveu entre sessões e o asfalto estava húmido nos primeiros minutos, fazendo com que os pilotos ficassem nas boxes, esperando que o asfalto secasse. Quando isso aconteceu, Sergio Perez foi dos primeiros a mercar um tempo decente, mas depois andou o resto a fazer o seu melhor, uns escondendo o jogo, outros nem tanto. No final, Michael Schumacher foi o melhor, com o tempo de 1.29,183 segundos, um tempo 109 centésimos mais veloz do que o Force India de Nico Hulkenberg, e um segundo mais veloz do que o Sauber de Sergio Perez.
Depois apareceu o Ferrari de Fernando Alonso, com o Sauber-Ferrari de Kamui Kobayashi, que apesar de um despiste na última volta lançada, conseguiu o quinto melhor tempo, na frente do Force India de Paul di Resta. Felipe Massa foi o sétimo e o Caterham de Heiki "Angry Bird" Kovalainen o oitavo. A fechar o "top ten" nesta sessão ficaram o segundo Mercedes de Nico Rosberg e o Red-Bull de Sebastian Vettel, o bicampeão do mundo.
Apesar da McLaren não terem feito grandes tempos desta vez - Hamilton foi 15º e Button ficou imediatamente a seguir - Lewis Hamilton mostrou-se confiante que a qualificação será boa para as cores de Woking: “Passámos a manhã a assegurar-nos de que os pneus funcionavam bem. Depois, na tarde, não rodámos com o piso molhado porque as previsões meteorológicas apontam para o resto de fim de semana seco. Nestas circunstâncias, é importante manter a calma, cuidar do carro e concentrarmo-nos no resto do fim de semana”, começou por referir Hamilton.
“Penso que o nosso carro estará lá (na luta) ou perto, mas como nos testes, não sabemos as cargas de combustível com que os outros rodaram: parece muito renhido entre nós, a Red Bull e a Mercedes. Estou imensamente entusiasmado para ver como vai decorrer o resto do fim de semana”, acrescentou.
Na cauda do pelotão, os suspeitos do costume: Marrussia e HRT. Apenas Karthikeyan rodou nesta segunda sessão, e fez um tempo... 13 segundos mais lento do que a concorrência. E claro, Pedro de la Rosa não marcou tempo. As suspeitas de que eles não alinharão na corrida devido ao fato de estarem bem acima do limite dos 107 por cento são mais do que legítimas. Mas teremos de esperar pela qualificação para termos mais certezas. Aliás, como em relação ao resto do pelotão.
E é isso que boa parte do mundo vai fazer esta noite: ficará acordado, à frente das suas televisões ou computadores, para ver o que esta gente vai fazer na qualificação. E o que esse equilibrio de forças nos trará e até que ponto o boletim meteorológico terá influência.
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