Quinze dias depois de uma agitada corrida inaugural no circuito de Melbourne, máquinas e pilotos passavam para Sepang, palco da segunda prova do ano daquela temporada de 2002. Os mecânicos tiveram mais do que tempo para reparar as máquinas danificadas pelas carambolas da primeira volta, e todos iriam fazer o melhor para evitar que Michael Schumacher não disparasse para a frente do campeonato e decidir tudo demasiado cedo…
E a Williams decidiu reagir na qualificação, mostrando as suas garras. Mas o resultado final foi o mesmo: Michael Schumacher fica com a pole-position, seguido do Williams-BMW do colombiano Juan Pablo Montoya. Na segunda fila estava o segundo Ferrari de Rubens Barrichello, com Ralf Schumacher logo atrás. A terceira fila era um monopólio dos McLaren, com Kimi Raikkonen na frente de David Coulthard, enquanto que a quarta tinha o auber-Petronas de Nick Heidfeld na frente do Renault de Jenson Button. A fechar o "top ten" estava o Jordan de Giancarlo Fisichella e o Toyota de Mika Salo.
Momentos antes da partida, o Arrows de Heinz-Harald Frentzen fica com o motor parado, mas logo depois, consegue pô-lo a funcionar o tempo suficiente para o colocar na grelha de partida. Quando as luzes se apagaram, todos se lançaram para a primeira curva, e lá, houve confusão, com o alemão a lançar-se à frente de Montoya, e este, para evitar o choque, trava a fundo, permitindo que o segundo Ferrari de Barrichello ficasse ao lado dos dois. Na curva, Schumacher e Montoya bateram, fazendo com que o alemão perdesse a asa da frente e o colombiano a ir à escapatória. Com isto, Barrichello ficou com o primeiro posto, enquanto que Schumacher ia às boxes. (...)
Há precisamente dez anos, em Sepang, a Formula 1 partia para a sua segunda corrida do campeonato, com a concorrência a querer reagir à vitória inicial de Michael Schumacher na Austrália. De uma certa maneira, Williams e McLaren queriam vencer para demonstrar que a Formula 1 não iria ser um passeio para a Scuderia, como tinha acontecido na temporada anterior.
E assim foi. Ralf Schumacher e Juan Pablo Montoya conseguiram uma dobradinha para a Williams-BMW, garantindo a primeira vitória do ano, aproveitando o azar de Michael Schumacher na primeira curva, e depois, a desistência de Rubens Barrichello devido a problemas de motor. Contudo, e demonstrando a capacidade fora do normal do piloto de Kerpen, fez o suficiente para chegar ao pódio, no terceiro posto, para ver o irmão receber a taça de vencedor.
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