O inverno de 1996-97 tinha visto
muitas mudanças no panorama da Formula 1, qual delas a mais surpreendente, ou a
mais excitante. A primeira de todas foi a transferência de Damon Hill da campeã
Williams para a Arrows uma equipa definitivamente do final do pelotão, chefiada
por Tom Walkinshaw e que tinha motores Yamaha. É certo que Damon Hill tinha
ofertas da Jordan e até – consta-se – da McLaren, mas preferiu levar o seu
numero um para uma equipa que nunca tinha vencido qualquer corrida e que a
última vez que tinha subido ao pódio tinha sido em 1995. Ao lado de Hill estava
o brasileiro Pedro Diniz, que vinha da Ligier.
A segunda grande novidade era o
regresso de Jackie Stewart à Formula 1, através da sua própria equipa. Com o
apoio da Ford e aproveitando a estrutura montada na Formula 3 e Formula 3000
para o seu filho, Paul Stewart, a equipa tinha passado toda a temporada de 1996
para se preparar para a estreia na categoria máxima do automobilismo. E para
pilotos, tinha escolhido o brasileiro Rubens Barrichello, que tinha saído da
Jordan, e o jovem dinamarquês Jan Magnussen, que era o piloto de testes da
McLaren. (...)
(...) Implementada a regra dos 107 por
cento pelo segundo ano consecutivo, máquinas e pilotos preparavam-se para a
primeira corrida do ano, em paragens australianas. E no final da qualificação,
o melhor tinha sido Jacques Villeneuve, com o seu Williams, tendo a seu lado o
seu companheiro de equipa, Heinz-Harald Frentzen. Na segunda linha estava o
McLaren de David Coulthard, seguido pelo Ferrari de Michael Schumacher,
enquanto que na terceira estavam o segundo Ferrari de Eddie Trvine e o segundo
McLaren de Mika Hakkinen. Johnny Herbert tinha cpnseguido o sétimo tempo com o
seu Sauber, com Jean Alesi a seu lado. A fechar o “top ten” estavam o Prost de
Olivier Panis e o segundo Benetton de Gerhard Berger.
Atrás, Damon Hill partia apenas
de um pálido 20º posto. E ambos os Lola não se qualificaram, ficando a uns
embaraçantes dez segundos dos primeiros. Verdadeiras chicanes moveis, para
dizer o mínimo… (...)
Isto foi o que aconteceu nos bastidores e nas regras nos meses e nas semanas que antecederam o GP da Austrália de 1997, a primeira prova do campeonato do Mundo de Formula 1. Num ano em que todos ficaram surpreendidos com a transferência de Damon Hill para a Arrows, e da chegada de duas novas equipas na categoria máxima do automobilismo, a Stewart e a Mastercard-Lola.
No portalf1.com conto agora como o GP da Austrália de 1997 foi uma corrida agitada, com uma carambola a eliminar Jacques Villeneuve e Eddie Irvine logo na primeira curva e viu a McLaren terminar um jejum de 50 corridas - a última da qual no mesmo país, mas no circuito de Adelaide, em 1993 e com Ayrton Senna ao volante - com David Coulthard a subir ao lugar mais algo do pódio, com Michael Schumacher atrás de si, mostrando que a Ferrari estava com tudo para vencer o Mundial.
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