sábado, 6 de outubro de 2012

Formula 1 2012 - Ronda 15, Japão (Qualificação)

As corridas asiáticas são o melhor teste que conheço sobre a capacidade de gostar desta modalidade. Digo isto porque só os mais fanáticos é que são capazes de acordar a meio da noite na Europa, ou de se deitar muito tarde nas Américas para assistir a um Grande Prémio, seja ele no Japão, Coreia, Austrália, Malásia ou China. O Japão sempre foi uma corrida que me fascinou, pela sua história e pelo desafiador circuito. E apesar de agora já não ser um circuito onde se decidem títulos, como acontecia nos anos 90 e no inicio do século, sempre vale a pena assistir a esta prova.

Os treinos livres de ontem mostraram que a Red Bull e a McLaren mostraram-se, com a Ferrari provavelmente a guardar-se. Nada que não saibamos das sessões anteriores, em Grandes Prémios anteriores: os treinos livres são um mero aquecimento da qualificação, e é isso que conta de verdade.

Debaixo de céu um tempo outonal e com muita gente a assistir (nem parece que na semana passada passou por ali um dos mais fortes tufões da década em paragens nipónicas...), máquinas e pilotos começaram a mostrar-se para o espectáculo da qualificação, sabendo-se que por exemplo, Jenson Button iria perder cinco lugares devido à troca da caixa de velocidades, e Michael Schumacher, o futuro reformado da Formula 1, ter também levado uma penalização de cinco lugares devido a batida com Jean-Eric Vergne na corrida anterior, em Singapura. 

Da Q1 não se esperava nada de especial, mas  o piloto que ficou de fora da Q2 foi o Williams de Bruno Senna, que ficou prejudicado por um bloqueio de Jean-Eric Vergne na chicane antes da meta, e julgava que tinha a passagem para a Q2 garantida, pois Michael Schumacher estava aflito. Mas o alemão conseguiu um bom tempo "in extremis" e o brasileiro ficava de fora.

Com a Q2, Vettel decidiu colocar um tempo enorme, de 1.31,501, um tempo mais respeitável, mas nenhum dos carros conseguiu melhorar o seu tempo. Dos que ficaram de fora, Felipe Massa, os Mercedes, o Force India de Paul di Resta e o Williams de Pastor Maldonado foram os pilotos que não iam conseguir estar na Q3. No caso de Michael Schumacher, terminou com o 13º tempo, e com a penalização, ele não conseguiu sair da última fila da grelha, ao lado do que deveria ser uma HRT qualquer da vida, mas acabará por ser o Caterham de Vitaly Petrov...

Chegando à Q3, e com todos os tubarões por lá - bem como os Sauber e os Lotus - o interessante seria ser de um Red Bull iria ser o melhor, Fernando Alonso iria fazer uma gracinha ou os McLaren iriam ter o seu grande dia. Os Red Bull marcaram tempos-canhão, com Vettel a fazer 1.30,839 e Webber atrás, a mais de meio segundo. Naquela parte crucial da qualificação, onde alguém poderia os desafiar... Kimi Raikkonen despista-se na curva Spoon e estraga as voltas de alguns pilotos. Vettel manteve o melhor tempo, Webber ficou com o segundo lugar, e Jenson Button fez o terceiro melhor tempo, na frente de Kamui Kobayashi. Com a penalização de Button, o japonês ficou o terceiro lugar na grelha, colocando um sorriso na face dos japoneses.

No final desta qualificação, uma má noticia para a Force India: Nico Hulkenberg teve de trocar de caixa de velocidades e iria ser penalizado em cinco lugares.

E com isso, parece que os Red Bull mostram que estão a ter um final de época em alta. Vettel fez a sua primeira pole desde Junho, em Valência, e a 34ª da sua carreira - ainda nem chegou ao seu centésimo Grande Prémio! - e com o segundo tempo de Mark Webber, esta primeira fila é toda da Red Bull, a primeira vez que isso acontece nesta temporada.

Amanhã, a corrida será outra história, e como sempre, promete muito.

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