É a grande noticia de hoje e provavelmente do fim de semana japonês: Michael Schumacher decidiu pendurar de novo o capacete, retirando-se da Formula 1 pela segunda vez, e aos 43 anos, tudo indica que é definitivo. Depois da dispensa da Mercedes para 2013, em troca com Lewis Hamilton, e de ter pensado em continuar, provavelmente pela Sauber, o piloto alemão, sete vezes campeão do mundo, concluiu que o melhor será abandonar a competição.
“Sem qualquer sombra de dúvida, não atingimos os nossos objetivos de desenvolver um carro ganhador, mas é claro que posso estar feliz por tudo o que consegui na minha carreira. Nos últimos seis anos aprendi muito de mim próprio, como por exemplo, ser uma pessoa mais aberta se perder o foco e também que perder, pode ser mais difícil e instrutivo que vencer. Quero agradecer à Daimler, Mercedes-Benz, equipa engenheiros, mecânicos por toda a confiança que colocaram em mim, mas também quero agradecer aos meus amigos, parceiros por todos estes anos nos desportos motorizados”, concluiu Schumacher.
De uma certa forma, Schumacher vai sair da competição da maneira que ele não queria: pela porta pequena. Neste seu regresso, das três temporadas em que competiu ao serviço da Mercedes, não conseguiu mais do que um terceiro lugar e uma volta mais rápidas, todas a acontecer nesta temporada, numa segunda parte mais recheada de incidentes do que conduções de génio. E o último desses incidentes foi o que aconteceu em Singapura, quando bateu na traseira do Toro Rosso de Jean-Eric Vergne.
Ainda faltam mais algumas corridas para o final da temporada, que muito provavelmente vai querer cumprir com a maior dignidade possível e com alguns bons resultados, se a oportunidade aparecer. Mas fica-se com a ideia de que, para além de ter sido batido em toda a linha por um companheiro bem mais jovem, Nico Rosberg, as expectativas dos fãs de ele ter conservado a forma que lhe deu sete títulos mundiais e todos os recordes que detêm neste momento, saíram totalmente frustradas. É verdade: este campeão também envelhece e vê diminuídas as suas faculdades.
No final, a única coisa boa que ele leva desta sua segunda estadia na Formula 1 é que se tornou no segundo piloto da história a chegar aos 300 GP's. Mas não baterá Rubens Barrichello, que esse deve estar a respirar aliviado: o seu único recorde, de 326 Grandes Prémios, será seu por mais alguns tempos.
Resta agora saber o que Schumacher irá fazer. Competir numa outra categoria ou um descanso ativo? Fala-se que a Mercedes lhe propôs um lugar na DTM, mas aparentemente recusou. Será que para ele, correr é só na Formula 1 e nada mais?
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