É o bólide que vai dar a Ken Tyrrell as suas últimas vitórias na
Formula 1. Um carro simples, mas eficaz, bem desenhado e a aproveitar da melhor
forma a aerodinâmica, já que o motor Cosworth começava a ser pouco potente
perante os motores Turbo. Hoje, mais de 30 anos depois de ter corrido, falo
sobre o Tyrrell 011.
O carro foi desenhado por Maurice Philippe, com a ajuda de Brian Lisles.
Era uma evolução do modelo 010 e era monolugar de simples conceção, feito de
alumínio, com uma caixa de velocidades Hewland de cinco velocidades e com uma
firmeza aerodinâmica que o tornava num carro simples, mas eficaz. Contudo, e
especialmente nos circuitos mais velozes, ele não conseguia competir contra a
crescente potência dos motores Turbo, pois o velho madeireiro ainda usava o
motor Ford Cosworth V8.
O carro estreia-se num circuito veloz: Hockenheim, na Alemanha. Guiado
inicialmente pelo americano Eddie Cheever, qualifica o carro no 18º posto da
grelha, mas faz uma boa exibição, terminando a corrida no quinto lugar,
ganhando dois pontos. Um segundo chassis fica pronto no GP de Itália, para o
italiano Michele Alboreto, mas não conseguem mais pontos até ao final da
temporada de 1981.
Em 1982, o carro recebe pequenos melhoramentos e calça pneus Goodyear
(em 1981, tinham pneus Avon), e começa a temporada com bons resultados nas
primeiras corridas do ano, graças a Alboreto. Um terceiro posto em Imola e dois
quartos lugares em Jacarépaguá e Long Beach fazem com que chegue a estar no
quarto lugar da geral. O seu companheiro de corrida, o sueco Slim Borgudd, corre nas três primeiras provas do ano, mas é substituído em
Imola pelo britânico Brian Henton.
A meio do ano, as performances da equipa melhoram, com Henton conseguir a volta mais rápida no GP da Holanda, enquanto que Alboreto continua a pontuar, mas é na última corrida do ano que o italiano brilha, quando consegue a vitória e a volta mais rápida na última corrida do ano, nas ruas de Las Vegas. No final, a equipa consegue 25 pontos e o sexto lugar no campeonato de condutores, enquanto que Alboreto classifica-se no oitavo lugar da geral.
A meio do ano, as performances da equipa melhoram, com Henton conseguir a volta mais rápida no GP da Holanda, enquanto que Alboreto continua a pontuar, mas é na última corrida do ano que o italiano brilha, quando consegue a vitória e a volta mais rápida na última corrida do ano, nas ruas de Las Vegas. No final, a equipa consegue 25 pontos e o sexto lugar no campeonato de condutores, enquanto que Alboreto classifica-se no oitavo lugar da geral.
Na temporada de 1983, com a modificação nos regulamentos, a Tyrrell tem
de reconstruir o seu carro, enquanto que começa a desenhar o seu sucessor, o 012.
Contudo, só ficará pronto mais para o meio do ano. Na equipa, Henton será
substituído pelo americano Danny Sullivan.
O carro já acusa a falta de potência, ficando no meio do pelotão nos
circuitos mais velozes, mas é nos circuitos citadinos que dá cartas. Nas ruas
do Mónaco, Sullivan consegue um quinto lugar, conseguindo os seus primeiros (e únicos)
pontos da sua carreira, enquanto que Alboreto - que fica pela terceira
temporada consecutiva na equipa – consegue uma nova vitória nas ruas de Detroit.
Mais tarde, essa ficou nos livros de história, pois era a última do motor
Cosworth DFV V8 atmosférico, uma aventura que começara 16 anos antes, no GP da
Holanda de 1967. Mas também torna-se na última da história da Tyrrell.
A equipa continua com o modelo
até ao GP da Austria, que é quando fica pronto o modelo 012, que será guiado
por Alboreto. Sullivan andará com o chassis 011 por mais três corridas,
usando-o pela última vez em Monza, palco do GP de Itália.
Ficha Técnica:
Chassis: Tyrrell 011
Projetista: Maurice Philippe
Motor: Cosworth DFV V8 de 3 litros
Pneus: Avon
(1981) e Goodyear
Pilotos: Michele
Alboreto, Eddie Cheever, Slim Borgudd, Brian Henton, Danny Sullivan
Corridas: 35
Vitorias: 2 (Alboreto 2)
Pole-positions: 0
Voltas Mais Rápidas: 2 (Alboreto
1, Henton 1)
Pontos: 38 (Alboreto 34, Cheever 2,
Sullivan 2)
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