segunda-feira, 6 de outubro de 2014

A foto do dia

Nos anos 70, muitos acharam que ele era um piloto tão bom como Emerson Fittipaldi. Conheciam-se desde crianças, pois frequentavam juntos as boxes de Interlagos, e aos poucos, nas provas dentro do Brasil, primeiro com a Willys-Interlagos (ao lado de Bird Clemente ou Luiz Pereira Bueno), e depois com a Dacon, José Calos Pace demonstrou rapidez suficiente para ser considerado como um dos melhores do Brasil na sua geração.

Em 1970, ele seguiu Emerson para a Europa e facilmente subiu nas categorias de acesso, mostrando-se na Formula Ford e na Formula 3 britânica, e naturalmente, apareceu a sua oportunidade para correr na Formula 1, com um March inscrito por Frank Williams. Poderemos dizer que ele foi o primeiro brasileiro com quem o Tio Frank trabalhou, muito antes de Nelson Piquet, Ayrton Senna, Rubens Barrichello, Felipe Massa e tantos outros.

Em 1973, foi para a Surtees, onde mostrou o seu talento com um carro que era do "meio do pelotão". A sua velocidade, especialmente quando conseguia acompanhar os Tyrrell, os McLaren e os Lotus, fazia com que existissem muitos olhos virados para ele, e os seus resultados na Alemanha e na Austria, onde conseguiu um terceiro posto, e com duas voltas mais rápidas pelo meio, praticamente "salvaram a honra do convento" na equipa de John Surtees.

Contudo, em 1974, depois de um quarto lugar em Interlagos, o mau chassis irritou-o e fez abandonar a meio do ano, para tentar a sua sorte na Brabham. E naquele dia 6 de outubro, em Watkins Glen, não comemorava os feitos do seu compatriota e amigo Emerson Fittipaldi, como também comemorava o seu 30º aniversário natalicio. E o seu melhor resultado na Formula 1 até então, o segundo lugar, atrás do vencedor e companheiro de equipa, o argentino Carlos Reutemann.

O resto é conhecido: a vitória em Interlagos, a pole em Kyalami, o "ano que poderia ter sido dele", e as dificuldades que teve com o motor Alfa Romeo. E novo pódio em Buenos Aies e o começo da temporada que prometia antes do seu acidente fatal. Se tivesse vivo, Pace faria 70 anos. Onde quer que esteja, feliz aniversário! E os seus feitos serão sempre lembrados.

Sem comentários: