segunda-feira, 6 de outubro de 2014

No Nobres do Grid deste mês...

"Estamos a 6 de outubro de 1974, no circuito de Watkins Glen. O Grande Prémio dos Estados Unidos é a última prova do campeonato, e todos estão atentos à batalha pela liderança do campeonato do mundo entre Emerson Fittipaldi e Clay Regazzoni. Ambos estão empatados na liderança, com 52 pontos, embora o brasileiro da McLaren tenha três vitórias, mais duas do que o piloto suíço da Ferrari. Mais distante, no terceiro posto, com 45 pontos – logo, com hipóteses matemáticas – está o Tyrrell do sul-africano Jody Scheckter, com duas vitórias.

Emerson estava moralizado, depois da sua vitória na corrida anterior, no circuito canadiano de Mosport, e esperava que as coisas lhe corressem bem em Watkins Glen, Bastava apenas ficar na frente do suíço, e o bicampeonato seria seu. Nos treinos, conseguiu o oitavo tempo, um lugar na frente do piloto suíço, mas Scheckter tinha sido melhor, com o sexto lugar.

Contudo, a corrida iria sair bem para o brasileiro. Regazzoni acabaria por ter problemas e cai na classificação geral, enquanto que Scheckter têm um problema no sistema de injeção de combustível e acaba por desistir na volta 46. No final, Emerson termina no quarto posto, atrás dos Brabham de Carlos Reutemann e do seu compatriota José Carlos Pace, e do Hesketh do inglês James Hunt, e comemora o título no pódio, com todos os outros.

Contudo, a ensombrar as comemorações de todos estava a noticia de que um piloto tinha sofrido um acidente mortal durante a corrida. Na saída da curva do Pé, o Surtees guiado por um jovem austríaco de 25 anos, de seu nome Helmuth Koinigg, saiu em frente a 130 km/hora, devido a um furo lento e foi em direção dos guard-rails, passando por baixo deles. Koinigg, apenas na sua terceira corrida na sua carreira da Formula 1, teve morte imediata. E os pormenores são horríveis: no impacto, o seu corpo foi mutilado e a sua cabeça arrancada, sendo encontrada alguns metros depois. O acidente, bem como a sua violência, fazem lembrar as circunstâncias do acidente que tinha matado Francois Cevért exatamente um ano antes.

Faz hoje precisamente 40 anos que aconteceu este acidente cruel, no dia em que Emerson Fittipaldi comemorava o seu segundo título mundial, e Carlos Pace celebrava o seu 30º aniversário natalicio com o seu melhor resultado na Formula 1 até então, a bordo da sua Brabham. O jovem piloto austriaco de 25 anos tentava seguir os passos de outros compatriotas seus como Jochen Rindt e Niki Lauda, e naquele ano tinha chegado à Formula 1, com ele a fazer naquele momento a sua terceira corrida da carreira, e a segunda com a Surtees.

É sobre a sua curta carreira e a sua morte precoce que escrevo este mês na minha coluna do site Nobres do Grid, que podem ver por aqui

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