Confesso que pensava que tal coisa nunca tinha acontecido, mas aconteceu: Carlos Reutemann, em Silverstone, algures em 1979, a testar o radical Lotus 80. Colin Chapman está de costas, enquanto que Mário Andretti observa os progressos do seu companheiro de equipa.
Em 1979, a aerodinâmica era rei. A Lotus tinha ganho tudo no ano anterior com o modelo 79, onde se colocava em pratica os conhecimentos de efeito-solo, e Colin Chapman queria continuar a estar na dianteira. Julgava que com o modelo 80, ele repetiria o que fez no ano anterior, onde disparou para a frente, com vitórias e títulos. Mas nessa altura, desconhecia-se a aerodinâmica na sua totalidade, e alguns efeitos mais perniciosos dessa secção.
E cedo se descobriu que demasiada aerodinâmica... fazia mal. O carro dobrava-se nas curvas e este começava a tornar-se perigoso de ser controlado. Exemplos como o Arrows A2 demonstraram isso. Mas Chapman arriscou o carro em três corridas, a começar em Espanha, e deu algum resultado, com o italo-americano a conseguir o terceiro lugar. Mas Reutemann nunca guiou o carro em prova, por achar "demasiado perigoso", correndo apenas com o modelo 79.
Julgava que ele nunca tinha estado dentro do carro, mesmo em testes. Afinal, estava enganado.
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