quinta-feira, 22 de outubro de 2015

GP Memória - Malásia 2000

Uma semana depois da Ferrari alcançar o seu primeiro título mundial em 21 anos, e o primeiro com Michael Schumacher ao volante, máquinas e pilotos deslocavam-se à Malásia, para a última corrida da temporada. Essa foi uma prova onde se assistiram a algumas despedidas, como a de Johnny Herbert, que depois de onze temporadas de bons serviços, na Benetton, Lotus, Ligier, Benetton, Sauber, Stewart e Jaguar, pendurava o capacete e iria tentar a sua sorte - segundo dizia - na IndyCar.

Quem andava com as coisas indecisas era Alexander Wurz, que terminava o contrato com a Benetton, mas não sabia o que iria fazer depois. Queria ficar como piloto titular, mas na realidade, a sua melhor oferta acabou por ser o da McLaren, que o contratou para ser piloto de testes, e lá ficou até 2006, quando rumou para a Williams. Quem também acabaria por fazer a sua última corrida seria Pedro Diniz, que no ano seguinte decidira ser acionista na Prost, que se livraria dos motores Peugeot e passaria para a ter motores Ferrari.

No final da qualificação, Michael Schumacher ficou mais uma vez com a pole-position, com Mika Hakkinen a seu lado, enquanto que na segunda fila, David Coulthard partilhava-a com Rubens Barrichello. Alexander Wurz era o quinto, com o seu Benetton, seguido pelo BAR de Jacques Villeneuve. Eddie Irvine era o sétimo, no seu Jaguar, seguido pelo Williams-BMW de Ralf Schumacher. A fechar o "top ten" estavam os Jordan de Jarno Trulli e Heinz-Harald Frentzen.

A corrida começou com Hakkinen a conseguir passar Schumacher na liderança e a ficar no primeiro posto no final da primeira volta. Atrás, Coulthard conseguiu também passar Schumacher e ficar com o segundo lugar, mas atrás, na primeira curva, houve confusão, quando o Arrows de Pedro de La Rosa, o Prost de Nick Heidfeld e o Sauber de Pedro Diniz bateram uns com os outros, arrastando também o outro Prost de Jean Alesi. Contudo, o francês foi capaz de continuar. O Safety Car teve de entrar na pista enquanto que eram retirados os destroços, e a corrida regressou ao ativo na terceira volta.

Na frente, Hakkinen foi passado por Coulthard e pelos dois Ferrari, caindo para o quarto posto, e pouco depois, os comissários viram as imagens da partida e determinaram que o piloto da McLaren tinha queimado a partida e ele foi obrigado a fazer um "stop and go", perdendo ainda mais tempo. Na frente, Coulthard tentava ganhar segundos até que na volta 10, sofreu um despiste e alguns dos destroços furaram um dos seus radiadores. Contudo, ele só foi às boxes na volta 17, regressando à pista no sexto posto.

Com isto, Schumacher era o líder, abrindo vantagem para Barrichello até ter uma diferença de 8.8 segundos na volta 24, altura em que fez a sua primeira paragem nas boxes. Barrichello fez a mesma coisa uma volta depois, e caiu para terceiro por causa de Coulthard, enquanto que Hakkinen era sétimo, atrás de Jacques Villeneuve. Pouco depois, este passou o canadiano, entrando nos pontos, mas não sem alguma luta.

Na frente, Coulthard aproximou-se de Schumacher, ficando a dois segundos na volta 38, altura em que o escocês foi para as boxes para fazer o segundo reabastecimento. Schumacher seguiu-o na volta seguinte, depois Barrichello na volta 40. O alemão manteve o comando, mas o escocês aproximou-se bastante, ficando a dois segundos dele a partir da volta 45. Três voltas depois, Johnny Herbert terminava a sua carreira na Formula 1 com um acidente contra as barreiras de proteção, acabando por ser tirado pelos comissários de pista, mas a corrida não foi interrompida.

No final, Schumacher controlou a aproximação de Coulthard e acabou com menos de um segundo de diferença entre os dois, mas com o piloto da Ferrari a ficar com a última vitória da temporada. Rubens Barrichello ficou com o lugar mais baixo do pódio, enquanto que nos restantes lugares pontuáveis ficaram Mika Hakkinen, o BAR de Jacques Villeneuve e o Jaguar de Eddie Irvine.

Sem comentários: