Um dia após a noticia da confirmação da compra da Lotus à Genii Capital, Carlos Ghosn, o patrão da Renault, falou sobre o que a equipa vai fazer neste seu regresso à categoria máxima do automobilismo, após cinco anos de ausência. Neste seu terceiro ingresso à Formula 1, após uma primeira passagem entre 1977 e 1985, e depois quando voltou, em 2002, para vencer campeonatos em 2005 e 2006, com Fernando Alonso, Ghosn afirmou que vai demorar o seu tempo até voltarem a vencer corridas e andar a lutar por títulos. Pelo menos três anos, segundo ele conta.
“Tendo em conta a vontade da nossa equipa, penso que levaremos três anos para ser competitivos", começou por comentar o presidente da Renault. "Vamos manter a nossa atividade como fornecedor fornecedores de motores, mas só em consonância com os interesses da nossa equipa. De resto, quero recordar que em 2010 focámos a nossa atividade no fornecimento de motores, logo após a crise global, e nessa altura, muitos outros construtores simplesmente deixaram a F1, a Toyota, a Honda e a BMW. Nós não! E nos últimos meses tivemos que fazer uma escolha ou saíamos ou voltávamos como equipa oficial. Sendo apenas fornecedor de motores não era suficiente para ter retorno dos nossos investimentos. Sabemos que há grande motivação por nos verem regressar à Formula 1, isso é bom pois na Renault há paixão pelas corridas”, continuou.
Quanto a pilotos e objetivos, Ghosn disse para que sejam pacientes para saber o que farão em 2016, mas deixou no ar a ideia que poderão haver surpresas pelo caminho: pilotos para 2016: “Vão ter que esperar algum tempo, Depois iremos comunicar a organização, os objetivos, os pilotos a estratégia e os parceiros para 2016” concluiu.
Já Alan Permaine, o diretor de operações da Lotus, já avisou que os primeiros tempos não serão fáceis devido aos eventos dos últimos tempos na equipa de Enstone. Numa entrevista à revista alemã Auto Motor und Sport, Permaine conta que o desenvolvimento do carro para 2016 está atrasado. "Não é segredo que estamos atrasados, mas vamos estar presentes nos testes [de pré-temporada], como sempre", começou por referir.
"Quando ainda não estava claro se a Lotus seríamos ou não adquiridos pela Renault, estávamos limitados. Mas quando eles chegarem a Enstone, estou certo que os problemas vão ser rapidamente esquecidos", comentou.
"O primeiro ano não será fácil", admitiu Permane, antes de dizer que o futuro com a Renault está seguro. "A pior parte destes últimos tempos foi a incerteza que vivemos – falamos de pessoas com famílias e não saber se tinham ou não emprego foi terrível.", concluiu.
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