Como dizia o Visconde de Lampedusa no seu livro "O Leopardo", "e preciso mudar tudo para que tudo fique na mesma". De uma certa forma, foi a metáfora deste Grande Prémio: houve agitação, para no final vermos os Mercedes nos lugares do costume, com a Ferrari logo atrás. Nico Rosberg foi o vencedor, trinta anos depois do pai ter feito o mesmo, mas em Adelaide, aproveitando o mau arranque de Lewis Hamilton. Mas o grande destaque dessa corrida foi a bandeira vermelha mostrada a meio da prova, quando Fernando Alonso bateu na traseira do Haas de Esteban Gutierrez e voou na gravilha. Felizmente foi só fibra de carbono e o piloto conseguiu sair do carro ileso, mostrando assim que os carros de Formula 1 são mesmo muito seguros.
A parte chata é que a bandeira vermelha aconteceu quando a Ferrari - leia-se, Sebastian Vettel - tinha feito uma tática para apanhar as Flechas de Prata, colocando pneus médios. Se não fosse isso, provavelmente os ataques que Vettel fez a Hamilton para tentar desfazer a dobradinha poderiam ter tido outro desfecho. Mas isso está nos campos do "talvez", e na realidade, o alemão ficou com o terceiro posto, na frente do Red Bull de Daniel Ricciardo, do Williams de Felipe Massa... e do Haas de Romain Grosjean. De "ameaça" no inicio da sua carreira, tornou-se num excelente piloto, dando à sua equipa novata os oito primeiros pontos da sua história. Claro, Felipe Nasr fez melhor no ano passado, mas ali "só" chegaram onze carros, enquanto que em 2016, foram dezasseis os que cruzaram a meta.
O dia com céu azul, ao contrário dos últimos dois dias, e para começo de trabalhos, iniciou-se com as pessoas ainda a falarem sobre a qualificação de ontem, do qual todos... odiaram. Resultado final, os donos de equipa reuniram-se (mais a FIA e o tio Bernie) e decidiram por unanimidade deitar fora este modelo de qualificação e ficar com o antigo antes da próxima corrida, no Bahrein. Todos ficaram felizes, mas isto foi mais um sinal de que o pessoal anda um pouco como galinha sem cabeça, na sua obsessão por dar o máximo de espectáculo possível.
A largada começou por ser surpreendente, para quem esperava mais do mesmo. Lewis Hamilton largou mal e Sebastian Vettel aproveitou bem, para ficar com a liderança, superando Nico Rosberg. Na curva, Hamilton foi apertado pelo seu companheiro de equipa e cairia mais alguns lugares, cruzando a meta no sétimo posto, sendo superado por Max Verstappen e Felipe Massa. Kimi Raikkonen, por exemplo, superou toda a gente e já era segundo, para gaudio dos "tiffosi". E quem também tinha dado "o pulo do gato" tinha sido Pascal Werhlein, que da última fila, acabava a primeira volta na 14ª posição, na frente dos Haas, Sauber e do problemático Renault de Kevin Magnussen.
Nas voltas seguintes, Hamilton subia para o quarto posto, enquanto que Ricciardo passava Massa e era quinto. Mas o inglês não conseguia aproximar-se do Toro Rosso do filho de Jos Verstappen, que era tão ou mais eficiente do que o Mercedes e consolidava o lugar mais baixo do pódio... mesmo com um motor Ferrari do ano passado.
Na volta 14, Vettel entrou nas boxes para meter pneus médios e a liderança passava para Raikkonen, e quando voltou, passou facilmente Hamilton. Rosberg também foi às boxes, para fazer a mesma coisa, e parecia que o baile iria prosseguir quando Fernando Alonso se aproximou da traseira do Haas de Esteban Gutierrez... e causou estrago.
O acidente do piloto das Asturias foi aparatoso, a lembrar outro acidente que aconteceu no mesmo local vinte anos antes, com o Jordan de Martin Brundle. Como em 1996, a corrida ficou interrompida com bandeiras vermelhas, e como nesse ano, o piloto saiu dali ileso, a olhar para a amalgama de fibra de carbono que tinha sobrado do seu McLaren.
Demorou cerca de vinte minutos para limpar os detritos e tirar o carro de Alonso e Gutierrez dos seus lugares, e quando voltou, tinha menos um elemento: o indonésio Rio Haryanto estava fora de corrida devido a problemas no seu Manor.
A corrida recomeçou com Vettel a tentar distanciar-se dos Mercedes com os supermacios, e Raikkonen estava a tentar a mesma coisa quando na volta 23, o motor deu de si e abandonou a corrida, deixando as coisas cada vez mais para... os alemães, já que Hamilton estava trancado atrás do Toro Rosso de... Carlos Sainz Jr. E somente se livrou dele quando este foi às boxes.
E foi da Toro Rosso que veio uma grande confusão. Max Verstappen entrou nas boxes, mas eles não estavam prontos para ele. As coisas demoraram muito e só voltou para a pista na 11ª posição, deitando fora uma grande chance de pódio, e claro, reclamando da equipa. E não ficaria por ali, quando mais tarde pediu para eles que Sainz o deixasse passar. Só que isso não aconteceu e o junior ficou ainda mais irritado... e a quatro voltas do fim, perdeu o controlo do seu carro. A sua sorte é que foi o suficiente para pontuar. No décimo posto, mas pontuou.
Vettel parou na volta 36 e voltou à pista com supermacios, pois a Ferrari decidiu que ele iria tentar apanhar Rosberg com um ritmo de qualificação. Este decidiu andar com médios, pois sabia que estes funcionariam. Aliás, algo que foi testado vezes sem conta em Barcelona, no mês passado... Hamilton também parou, e no meio disto tudo, ficou com o segundo posto, depois de passar Massa e Ricciardo ter parado nas boxes.
No final, Hamilton resistiu aos ataques de Vettel e ficou com o segundo posto, provando que ter pneus médios compensou para o carro que têm, mas também foi os seus talentos a conduzir que o fizeram merecer o segundo posto, depois de tudo o que tinha passado. A Ferrari demonstrou que tinha performance, mas não chegou para paranhar os Flechas de Prata. E atrás, os mais felizes eram os americanos. Na comunicação para as boxes, Romain Grosjean disse tudo: "isto foi uma vitória para nós". Ele tem razão: eles podem não ter muitas mais chances de pontuar ao longo desta temporada...
Na volta 14, Vettel entrou nas boxes para meter pneus médios e a liderança passava para Raikkonen, e quando voltou, passou facilmente Hamilton. Rosberg também foi às boxes, para fazer a mesma coisa, e parecia que o baile iria prosseguir quando Fernando Alonso se aproximou da traseira do Haas de Esteban Gutierrez... e causou estrago.
O acidente do piloto das Asturias foi aparatoso, a lembrar outro acidente que aconteceu no mesmo local vinte anos antes, com o Jordan de Martin Brundle. Como em 1996, a corrida ficou interrompida com bandeiras vermelhas, e como nesse ano, o piloto saiu dali ileso, a olhar para a amalgama de fibra de carbono que tinha sobrado do seu McLaren.
Demorou cerca de vinte minutos para limpar os detritos e tirar o carro de Alonso e Gutierrez dos seus lugares, e quando voltou, tinha menos um elemento: o indonésio Rio Haryanto estava fora de corrida devido a problemas no seu Manor.
A corrida recomeçou com Vettel a tentar distanciar-se dos Mercedes com os supermacios, e Raikkonen estava a tentar a mesma coisa quando na volta 23, o motor deu de si e abandonou a corrida, deixando as coisas cada vez mais para... os alemães, já que Hamilton estava trancado atrás do Toro Rosso de... Carlos Sainz Jr. E somente se livrou dele quando este foi às boxes.
E foi da Toro Rosso que veio uma grande confusão. Max Verstappen entrou nas boxes, mas eles não estavam prontos para ele. As coisas demoraram muito e só voltou para a pista na 11ª posição, deitando fora uma grande chance de pódio, e claro, reclamando da equipa. E não ficaria por ali, quando mais tarde pediu para eles que Sainz o deixasse passar. Só que isso não aconteceu e o junior ficou ainda mais irritado... e a quatro voltas do fim, perdeu o controlo do seu carro. A sua sorte é que foi o suficiente para pontuar. No décimo posto, mas pontuou.
Vettel parou na volta 36 e voltou à pista com supermacios, pois a Ferrari decidiu que ele iria tentar apanhar Rosberg com um ritmo de qualificação. Este decidiu andar com médios, pois sabia que estes funcionariam. Aliás, algo que foi testado vezes sem conta em Barcelona, no mês passado... Hamilton também parou, e no meio disto tudo, ficou com o segundo posto, depois de passar Massa e Ricciardo ter parado nas boxes.
No final, Hamilton resistiu aos ataques de Vettel e ficou com o segundo posto, provando que ter pneus médios compensou para o carro que têm, mas também foi os seus talentos a conduzir que o fizeram merecer o segundo posto, depois de tudo o que tinha passado. A Ferrari demonstrou que tinha performance, mas não chegou para paranhar os Flechas de Prata. E atrás, os mais felizes eram os americanos. Na comunicação para as boxes, Romain Grosjean disse tudo: "isto foi uma vitória para nós". Ele tem razão: eles podem não ter muitas mais chances de pontuar ao longo desta temporada...
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