A McLaren confirmou esta sábado que o belga Stoffel Vandoorne será piloto titular da McLaren para a temporada de 2017, substituindo Jenson Button. A McLaren anunciou também que o britânico fará uma temporada sabática, no sentido de ser o embaixador da marca, bem como ajudar no desenvolvimento dos motores Honda, mas é provável que essa decisão seja para ter alguém experimentado no plantel, caso Fernando Alonso abandone a equipa no final do ano que vêm.
Para Vandoorne, é o concretizar de um sonho, depois de ter corrido este ano no GP do Bahrein, terminando na décima posição: "Sinto-me fantástico. Jenson é uma inspiração para todos nós", comentou.
Sobre o seu novo papel, Button afirmou: "Decidi no verão que não continuaria mais a correr. Vou passar mais tempo com amigos e família e viver na minha própria agenda. Eu estou realmente animado. Vou fazer tudo o que puder para garantir que esta equipa é competitiva em 2017", afirmou.
Já Ron Dennis enfatiza que o regresso de Button à competição vai ser sempre uma possibilidade, apesar de em 2018, o britânico já tenha 38 anos de idade.
"Jenson ainda é capaz de vencer corridas e campeonatos mundiais, mas a rotina física de Formula 1 [é desgastante]. Jenson pode voltar a ter a sua mente equilibrada. É um contrato criativo que funciona para nós dois, uma solução perfeita para as circunstâncias do momento dentro da nossa equipa", afirmou o patrão da McLaren.
Nascido a 19 de janeiro de 1980 em Frome, no Sommerset inglês, Button é o mais velho piloto de Formula 1 no ativo, pois já vai na sua 17ª temporada. Tem 301 Grandes Prémios, com quinze vitórias, oito pole-positions, oito voltas mais rápidas e foi campeão do mundo de 2009 pela Brawn GP.
Começou a sua carreira na Williams, no ano 2000, aos vinte anos, batendo recordes de precocidade (foi na altura o mais novo piloto a pontuar, ao ser sexto classificado no GP do Brasil desse ano). Depois passou pela Benetton, que se transformou na Renault, antes de ir para a BAR em 2003, que se transformou em Honda em 2006. Pelo meio, alcançou a sua primeira pole-position da sua carreira no GP de San Marino de 2004, mas teve de esperar até ao GP da Hungria de 2006 para alcançar a sua primeira vitória na Formula 1.
Contudo, as temporadas de 2007 e 2008 terminaram em desastre, pois os Honda não se mostraram competitivos, e no final dessa temporada, a marca japonesa anunciou uma apressada retirada, deixando a equipa de Brackley apeada. A solução veio de Ross Brawn, que na altura era o diretor técnico da marca, que decidiu ficar com a equipa - batizando-a de Brawn GP - e alcançando ambos os títulos de pilotos e construtores. Com Button ao volante, ele alcançou a vitória em cinco das primeiras seis corridas da temporada, alcançando a vantagem necessária para ser campeão do mundo.
Em 2010, Button rumou para a McLaren, ao lado de Lewis Hamilton, onde até conseguiu ser um bom piloto perante o seu compatriota. Ao serviço da equipa de Woking, conseguiu oito vitórias em Grandes Prémios, sendo a sua última alcançada no GP do Brasil de 2012. Contudo, a partir de 2013, a marca sofreu com a decadência das suas performances, que não foi alterada nem com a chegada de novo motor, a Honda. Seu último pódio foi no GP da Austrália de 2014, um terceiro lugar que foi quando beneficiou da desclassificação de Daniel Ricciardo.
Nesta temporada, conseguiu até agora 17 pontos, sendo que o seu melhor lugar foi um sexto posto no GP da Austria.
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