A Mercedes fez esta segunda feira um anuncio algo surpreendente: irá abandonar o DTM no final de 2018, deixando apenas Audi e BMW sozinha no campeonato de Turismos, e indo para a Formula E no final da temporada de 2019/20. A ideia veio no seguimento dos planos para o futuro da marca, onde apesar de continuarem na Formula 1, para continuarem na senda dos êxitos no campeonato, a ideia da Formula E serve também para o futuro, onde propõem fabricar para os próximas anos vários carros de estrada com propulsão elétrica. E também irão estar onde estão a Audi, que a partir do próximo ano ficará com as operações da Abt, e também se fala que a Porsche poderá seguir esse rumo, deixando para trás a Endurance.
“Hoje é um excelente dia, pois agradecemos a Mercedes na família da Fórmula E, aumentando o número crescente de fabricantes que se juntam à revolução elétrica. Isso mostra o quanto o mundo está mudando, não apenas no automobilismo, mas em toda a indústria automóvel. Estamos testemunhando uma transformação que primeiro mudará nossas cidades e, em seguida, nossas estradas. A Fórmula E é o campeonato que incorpora essa mudança e, juntamente com todas as nossas equipes e fabricantes, continuaremos insistindo em tecnologias, para ter carros elétricos melhores e mais acessíveis”, comentou Alejandro Agag – Fundador e CEO da FE.
Já Toto Wolff, o chefe da Mercedes – Benz, complementou: “No automobilismo, como em todas as outras áreas, queremos ser o ponto de referência no segmento premium e também explorar novos projetos inovadores. Com Fórmula 1 e Fórmula E, conseguimos exatamente esse equilíbrio. A Fórmula E é como um empreendimento de start-up emocionante – oferece um novo formato, combinando corridas com um forte caracter de eventos, para promover tecnologias atuais e futuras".
"A eletrificação está a acontecer no mundo dos carros rodoviários e a Fórmula E oferece aos fabricantes uma plataforma interessante para levar essa tecnologia a um novo público – e fazê-lo com um tipo de corrida completamente novo, diferente de qualquer outra série. Fico satisfeito por termos conseguido ampliar nossa opção de inscrição por um ano até a temporada 2019/20. Isso nos dá tempo para entender corretamente a série e nos preparar para a nossa entrada da maneira correta“, concluiu.
Ao longo de 26 temporadas no DTM, a partir de 1988, a Mercedes alcançou grande sucesso. Foram dez Campeonatos de Pilotos, uma delas em 2014 com Pascal Wehrlein (na foto) e 13 Campeonatos de Equipas. Até aqui, foram 183 vitórias e 128 poles. Contudo, a retirada da marca das três pontas coloca em questão o futuro da competição, pois este ano sofreu uma redução na sua grelha, tendo agora 18 carros. Sem uma marca a partir de 2019, e com poucas possibilidades de atrair novas marcas - e também há dúvidas sobre a continuidade da Audi - a competição poderá estar a marchar rumo ao seu final, caso não haja nada que altere esta competição.
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