Poucos sabem disto, mas Dan Gurney estreou-se na Formula 1 pela Ferrari. E correu no tempo em que a equipa tinha o motor na frente do seu carro. Foi em 1959, numa altura em que a competição estava a mudar radicalmente.
Nesta série de posts em tributo a Dan Gurney, falecido este domingo aos 86 anos, na sua casa de Newport Beach, na Califórnia, lembro episódios de uma vida repleta, de uma personagem que foi muito mais do que um mero piloto e construtor de carros. E mais do que lembrar que ele venceu em três equipas, lembro também como ele foi para a Europa e entrou na categoria máxima do automobilismo, aos 27 anos de idade.
Por esta altura, Gurney tinha já vivido no meio automobilistico. Aos 19 anos, tinha construido um carro por ele mesmo e o levou ao Bonneville Salt Flats, no Utah, para fazer 222 km/hora ao volante. Deixou o automobilismo um pouco de lado para cumprir o serviço militar obrigatório na guerra da Coreia, onde foi... mecânico.
Quando cumpriu o serviço militar, voltou ao automobilismo, na sua Califórnia natal. Em 1957, era construída uma pista de automóveis, no local onde morava, em Riverside, e fizeram uma corrida para a inauguração. Gurney, experimentado nas provas da SCCA (Sports Car Club of America), foi convidado a correr num carro feito pela Arciero, com motor Maserati, e acabou no segundo lugar, apenas atrás de Carrol Shelby, que viria a ser seu amigo.
Quem assistiu a tudo isto foi Luigi Chinetti, o importador da Ferrari para a América do Norte e idealizador da NART, North American Racing Team, e três vezes vencedor das 24 Horas de Le Mans, e ele convidou-o a correr num Ferrari ao lado de Bruce Kessler. O carro era "inguiável" e não chegaram ao fim, mas impressionou o suficiente para que Enzo Ferrari o convidasse para correr para ele na Formula 1.
A sua temporada de estreia, em 1959, aos 28 anos, até foi boa: dois pódios - um segundo posto em Avus, numa tripla da Ferrari, e um terceiro posto em Monsanto, no GP de Portugal - lhe deram treze pontos e o sétimo lugar na geral, num carro que ainda tinha motor à frente, num mundo onde os Cooper de motor traseiro já dominavam o pelotão.
Contudo, a experiência na Ferrari não foi o suficiente para continuar. A ele, não lhe agradou as politicas dentro da Scuderia, com Enzo Ferrari à cabeça, e cada um seguiu o seu caminho. Mas Ferrari nunca deixou de acompanhar os feitos do seu ex-piloto. Há uma foto do Commendatore em 1966, em Monza, admirando o Eagle de Gurney, provavelmente elogiando a beleza das suas linhas.
Quem assistiu a tudo isto foi Luigi Chinetti, o importador da Ferrari para a América do Norte e idealizador da NART, North American Racing Team, e três vezes vencedor das 24 Horas de Le Mans, e ele convidou-o a correr num Ferrari ao lado de Bruce Kessler. O carro era "inguiável" e não chegaram ao fim, mas impressionou o suficiente para que Enzo Ferrari o convidasse para correr para ele na Formula 1.
A sua temporada de estreia, em 1959, aos 28 anos, até foi boa: dois pódios - um segundo posto em Avus, numa tripla da Ferrari, e um terceiro posto em Monsanto, no GP de Portugal - lhe deram treze pontos e o sétimo lugar na geral, num carro que ainda tinha motor à frente, num mundo onde os Cooper de motor traseiro já dominavam o pelotão.
Contudo, a experiência na Ferrari não foi o suficiente para continuar. A ele, não lhe agradou as politicas dentro da Scuderia, com Enzo Ferrari à cabeça, e cada um seguiu o seu caminho. Mas Ferrari nunca deixou de acompanhar os feitos do seu ex-piloto. Há uma foto do Commendatore em 1966, em Monza, admirando o Eagle de Gurney, provavelmente elogiando a beleza das suas linhas.
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