José Pedro Fontes apresentou na passada sexta-feira a sua máquina para a temporada que aí vêm do campeonato nacional de ralis. Ao lado de Inês Ponte, a sua navegadora habitual, também em recuperação do seu acidente no Rali de Portugal, o piloto apresentou o seu Citroen DS3 R5, enquanto espera para saber se terá esta temporada o novo C3 R5, que se estreou no final do ano passado nas estradas francesas.
“É com enorme alegria que anunciamos o nosso regresso ao Nacional de Ralis, quer em termos da equipa Citroën Vodafone Team, quer de mim próprio e da Inês Ponte, assim que tal seja possível por parte dela. Foi grande, enorme mesmo, este intervalo que se tornou obrigatório para que ambos pudéssemos recuperar devidamente dos ‘estragos’ provocados pelo nosso grave acidente em maio último, seguindo à risca as instruções das nossas equipas médicas, a quem aproveito para agradecer publicamente todo o trabalho realizado para a nossa total recuperação,” refere Fontes.
O regresso, claro, será em Fafe, no mês que vêm. E ele afirma que vêm para recuperar o título de 2016. E quando a navegador, até que ponte estiver recuperada, será Paulo Babo que fará a navegação ao piloto nas próximas provas, como a do Serras de Fafe, prova de abertura do campeonato.
“Num projeto desta envergadura, o nosso principal objetivo consiste, naturalmente, na revalidação dos títulos de Pilotos e Navegadores que conquistámos em 2015 e 2016, embora haja várias outras questões a equacionar, nomeadamente o modo como nos iremos sentir no interior deste excelente automóvel de competição que, por muito confortável que o possamos tornar, no sentido de minimizar os danos no nosso processo de recuperação, não deixa de estar associado à dureza típica de uma prova de estrada. Claro que antes do arranque da temporada iremos realizar vários testes de adaptação, mas uma coisa são esses ensaios privados, outra coisa é a competição real, no terreno de jogo. Vamos iniciar o ano com algumas cautelas e a apalpar terreno e, caso tudo esteja perfeito do lado humano, vamos, decerto, alcançar um bom resultado em Fafe,” contou.
Em relação à concorrência, Fontes está ciente de que será mais complicado, e saúda alguns dos regressos já anunciados, como o de Armindo Araújo, num Hyundai i20 R5.
“Assinalamos o crescendo em torno do CPR, com mais marcas envolvidas no campeonato e, com elas, o regresso de pilotos de renome, junto com as enormes qualidades dos nossos habituais adversários, pelos quais nutrimos o maior respeito. As notícias que já têm vindo a público para a nova temporada de 2018 do CPR, nomeadamente ao nível da categoria R5, permitem antever equipas extremamente competitivas e muito bem preparadas, algo que não nos irá facilitar a tarefa, tornando as lutas pelos lugares de topo difíceis, mas também muito mais interessantes. Daqui a mês e meio veremos em que patamar é que cada um se coloca, definindo a partir de então a estratégia para as provas seguintes”, comentou.
Quanto ao carro, ele será de novo preparado pela Sports & You, “num conjunto de pessoas que, nos bastidores da equipa, realizam um trabalho incrível e determinante para que possamos ter o nosso carro sempre impecável e 100% competitivo”, começou por dizer. O piloto sublinha que “se trata de uma estrutura altamente profissional e multi-vitoriosa, que ostenta no seu palmarés uma invejável coleção de Campeonatos nas mais variadas vertentes do desporto motorizado (ralis, velocidade e todo-terreno).”
Em relação ao C3 R5, ele espera ter o carro em maio, por alturas do Rali de Portugal.
“Em face dessa realidade temporal, o meu objetivo será fazer a estreia do novo C3 R5 no Vodafone Rally de Portugal, o que a acontecer seria ouro sobre azul, pois não só seríamos uma das primeiras formações a usá-lo numa prova do WRC, como também nos permitiria partir em busca de um bom resultado que nos fizesse ‘esquecer’ o nosso acidente na anterior edição. Estamos a envidar todos os esforços para que tal aconteça, mas ainda nada está assegurado quanto à data em que o iremos poder estrear”, concluiu.
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