As discussões sobre os novos motores a partir de 2021 tiveram a participação de vários construtores e preparadores para saber se têm chances de entrar na Formula 1. Um dos que estiveram presentes foi a Cosworth, a preparadora britânica com muitos pergaminhos na competição. Falando no Autosport International, Bruce Wood, o diretor da preparadora, acha que, apesar da abertura da Formula 1 nesse caso, a realidade é bem mais complexa:
“Primeiro que tudo, adoraríamos lá estar. Tem sido noticiado que temos estado muito envolvidos nas discussões em curso. Desde o começo que afirmámos que seria improvável vermos uma Cosworth completamente independente. Isso é improvável porque acho que é difícil de funcionar do ponto de vista económico”, disse, em declarações à motorsport.com.
“Esperamos que possamos lá estar em parceria com um pequeno construtor que deseje fazê-lo no que esperamos de um novo regulamento que permita um compromisso financeiro muito menor para estar na Formula 1. Não é segredo que o actual nível de tecnologia na Formula 1 é proibitivo, mesmo para alguém com a Cosworth, porque há vários elementos de ponta. A recuperação da energia térmica iria requerer um investimento de dez milhões de euros”, concluiu Wood.
A preparadora britânica, fundada em 1960 por Mike Costin e Keith Duckworth, associou-se à Ford em 1966 para fazer um motor de 3 litros, o DFV (Double Four Valve) que equipou no ano seguite os Lotus de Formula 1, levando a um domínio na competição, alcançando 155 vitórias até 1983. A Cosworth voltou depois em 1989, mas sem o sucesso de tempos passados, fabricando motores V10 até 2006. Em 2010 voltou à Formula 1, abastecendo as novatas Caterham, Hispania e Virgin-Marussia, mas acabou por sair em 2013, nunca largando o fundo do pelotão.
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