Depois de um dia de descanso, máquinas e pilotos voltaram hoje à estrada, em terras bolivianas, entre La Paz e Uyuni, numa etapa-maratona, sem assistência externa, com os pilotos a repararem os seus próprios carros. Foi uma etapa onde Stephane Peterhansel perdeu muito tempo (uma hora e 45 minutos) devido a um problema na suspensão do seu carro, que o obrigou a várias reparações no seu Peugeot.
No final, venceu Carlos Sainz, com onze minutos e 21 segundos de avanço para os Toyotas de Giniel de Villiers, enquanto que Nasser Al-Attiyah (Toyota) terminou na terceira posição a 13 minutos e 51 segundos. Com isto, o piloto espanhol é o líder do Dakar, com uma hora e onze segundos sobre Nasser Al Attiyah e uma hora e vinte sobre Giniel de Villiers, desconhecendo-se se Peterhansel irá ou não continuar. O piloto francês acabou por fazer, mas a liderança está perdida.
Nas motos, Juan Barreda Bort esteve imparável e venceu a etapa. Mas... mesmo ganhando quase três minutos à concorrência, Barreda sofreu uma queda e feriu-se no joelho, desconhecendo-se está capaz de continuar o rali.
“Decidi andar forte logo no inicio da etapa e até ao quilometro 300 andei a um ritmo muito alto, no entanto sofri uma queda forte numa saída de pista num riacho e a moto caiu-me em cima e aleijou-me o joelho o que fez com que tivesse alguma dificuldade em colocar o pé no chão, sobretudo nas curvas para a esquerda. A partir desse momento decidi reduzir o ritmo por causa das dores e agora vamos ver o que podemos fazer, mas parece muito complicado continuar em prova”, afirmou no final da etapa o piloto espanhol.
Atrás de Barreda, ficou Adrian ven Beveren, que com os quase três minutos de desvantagem sobre o piloto espanhol, ficou com a liderança do Dakar, pois Kevin Benavides acabou a oito minutos e dois segundos sobre Barreda, e o piloto francês da KTM é agora o novo líder, com 3 minutos e 14 segundos sobre o argentino. Barreda Bort é o terceiro, a quatro minutos e 45 segundos do líder.
Amanhã, a caravana do Dakar sairá de Uyuni e chegará e Tupiza, cumprindo um total de 584 quilómetros, dos quais 498 serão cronometrados. Vai ser a última etapa totalmente feita em solo boliviano, antes de entrarem na Argentina.
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