"No final do mês passado, a FIA elegeu (de novo sem oposição, diga-se) Jean Todt para mais um mandato à frente da entidade que governa o automobilismo mundial. No meio dos vários nomes que Todt nomeou para os vários lugares e dossiers que ele abre dentro da FIA, um lugar em particular causou atenção. Numa categoria, ao que se chamou de “mulheres no automobilismo”, Todt nomeou a espanhola Carmen Jordá, de 29 anos de idade. A escolha de Jordá não foi consensual, tendo até sido mal recebida entre as mulheres-piloto, que sendo uma minoria, existem.
A critica mais vocal sobre este assunto foi a britânica Pippa Mann. A piloto de 33 anos, que tem participações nas 500 Milhas de Indianápolis e venceu corridas na Indy Lights, afirmou na sua conta de Twitter afirmando o seguinte:
"Querida FIA, se as noticias que ouvi forem as corretas, e vocês nomearam um piloto sem resultados de relevo, que não acredita que compitamos como iguais neste desporto, como representante das mulheres no automobilismo, então estou incrivelmente desapontada. Sinceramente, uma corredora da #Indy500 e uma vencedora na #IndyLights".
(...) Só que o aparecimento de Jordá e a sua nomeação para a o tal cargo na FIA surge numa altura em que se soltou o rumor de que poderia estar a ser planeada uma competição feminina de automobilismo. Em princípio, seria para 2019, e tem entre eles outro espanhol, Félix Portero, que correu na GP2 há uns dez anos. E no meio disto tudo, surge outro nome, esse bem mais conhecido: Bernie Ecclestone.
O velho Bernie não é fã de mulheres no automobilismo. Na década passada, disse que Danica Patrick “daria um belo acessório” e não acredita na igualdade entre homens e mulheres no automobilismo. E dada a sua idade e a sua mentalidade, não é novo e nem é surpreendente. É a visão antiga e machista de que as mulheres não servem mais do que “grid girls” e sorrirem perante as câmaras. Contudo, estamos no século XXI e é altura de mudar as mentalidades neste campo. (...)
A minha última crónica do ano foi dedicada a comentar sobre a escolha de Carmen Jordá como representante da FIA para as mulheres no automobilismo. Uma escolha polémica por duas razões: a falta de palmarés no automobilismo e o facto de defender uma politica segregacionista - uma competição à parte para elas - quando se sabe que há rumores sobre isso, e alguns a dizerem que poderá vir da mente ou teria o apoio de Bernie Ecclestone, até para desestabilizar o negócio da Formula 1, agora que tem novos proprietários.
Algumas mulheres disseram ir contra isso, afirmando que não existe o apoio suficiente para que elas possam progredir no automobilismo, a mostram como exemplo os Estados Unidos, onde pilotos como a Danica Patrick podem singrar entre os homens, e até vencer.
Algumas mulheres disseram ir contra isso, afirmando que não existe o apoio suficiente para que elas possam progredir no automobilismo, a mostram como exemplo os Estados Unidos, onde pilotos como a Danica Patrick podem singrar entre os homens, e até vencer.
Tudo isto e muito mais este mês, no site Nobres do Grid.
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