Miguel Barbosa deseja evoluir no Campeonato Nacional de Ralis e espera alcançar o título em 2018, a bordo do seu Skoda Fábia R5. Numa entrevista dada ontem ao podcast 16 Valvulas, do Gonçalo Sousa Cabral, Barbosa fez um balanço da temporada passada, afirmando que conseguiu evoluir nos ralis, ele que estava na sua segunda temporada na competição, a bordo de um Skoda Fabia R5.
“2017 foi um pouco como esperava, com alguns altos e baixos, um ano onde acho que a nossa performance foi melhor do que em 2016, mas onde tivemos alguns dissabores, que não tivemos no primeiro ano, também porque no primeiro ano tínhamos uma abordagem mais cuidadosa. Já estava à espera de algumas batidas, que fazem parte desta aprendizagem. Acabámos o ano em terceiro no campeonato e alcançámos a nossa primeira vitória no Nacional de Ralis [Rali da Madeira], o que foi um marco e que me deixou bastante satisfeito. Existiram muitos ‘se’, correu como correu e tivemos o infortúnio de desistir no Rali de Portugal com um problema técnico, que nos tirou uma pontuação importante, mas fomos perdendo pontos ao longo do ano. Foi um ano de altos e baixos, mas no geral acho que foi uma temporada positiva e que me deixa confiante para o que aí vem” começou por dizer o piloto.
Quanto à competição, ele afirma que ainda há pontos a melhorar, e espera fazê-lo em 2018:
“Sabemos onde estamos a perder e onde temos que melhorar. Temos que ter consciência que a nossa concorrência é forte, quer em quantidade, quer em qualidade, e, portanto, temos que ter noção que vai ser um campeonato muito competitivo, talvez o campeonato nacional mais competitivo. De qualquer maneira, nunca me preocupei em olhar para o lado, preocupo-me com o meu trabalho e foi sempre assim ao longo da minha carreira. Sei o que tenho que melhorar, estamos todos a trabalhar como um só e estou otimista, acho que o que fizemos até aqui é positivo nesta nossa estreia nos ralis, e estou confiante para o futuro, sabendo as dificuldades que nos esperam”.
Miguel Barbosa afirma que pretende lutar pelo título nacional na nova temporada, mas sabe que vai ser complicado, dada a concorrência dos Hyundais de Armindo Araújo e Carlos Vieira, e o Citroen de José Pedro Fontes, por exemplo. E gosta de correr seu carro.
“Em tudo o que entro é para ganhar, mas temos que ter consciência quando é que estamos preparados para o fazer e da concorrência que temos e temos que ter presente que é uma modalidade totalmente nova para nós, também temos consciência de que 2018 será bastante difícil, mas isso motiva-nos. Acho que em 2018 podemos ter condições para lutar pelos lugares cimeiros, mas o título é uma junção de vários fatores ao longo do ano e das muitas provas e muito pode acontecer. Sentimos que estamos cada vez mais preparados, sinto que ainda nos falta algum caminho de preparação e de evolução, mas estamos a trabalhar para isso e acho que 2018 será ainda melhor do que 2017. Ficámos em terceiro e, como tal, faltam dois lugares para o objetivo”, começou por dizer.
“Em primeiro lugar, é de salutar a vinda de mais uma marca [Hyundai] para o CPR. Sempre defendi que as marcas são essenciais para o desporto automóvel e é de salutar o regresso da Hyundai e logo com dois carros, é o ponto mais positivo de todos. O Armindo dispensa apresentações e acho que o seu regresso é muito positivo porque vai chamar mais media, mais público, mais tudo, porque é muito conhecido. Acho que vai lutar sempre pela vitória e pelo campeonato e só vejo pontos positivos neste regresso”.
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