A GPDA - Grand Prix Drivers Assoiation - existe, apesar de nem sempre aparecer nas noticias. Como se costuma dizer no jornalismo, as boas noticias não são noticias. Mas quando os pilotos convocam a GPDA e esta aparece nos sites, é por algum motivo pertinente. E aqui, o motivo parece ser os pneus.
Esta quinta-feira, o seu presidente, Romain Grosjean - sim, ele é o presidente da GPDA - convocou a reunião por causa do desempenho dos pneus nestas últimas corridas, especialmente no México, onde a sua performance caiu de tal forma que causou preocupações com a sua segurança.
"Eu não acho que alguém pareça estar satisfeito", começou por dizer o australiano Daniel Ricciardo, da Red Bull.
"Eles queriam um pneu onde nós pudéssemos correr mais por mais tempo, e sinto que estamos perto disso. Mas eu não sei como ter um pneu em que nós possamos esforçar, sem se degradar, então ainda podemos fazer uma corrida com duas ou três paragens nas boxes", concluiu.
Na corrida mexicana, a degradação dos pneus faz com que apenas os quatro primeiros tenham terminado na mesma volta do vencedor.
Contudo, Grosjean quer também falar sobre a competitividade do atual pelotão. "Não é só os pneus", começou por dizer o piloto da Haas.
"Eu não quero falar por todos os outros, mas sinto que precisamos dar nosso feedback e talvez tentar fazer um pouco mais, porque as corridas deixaram de ser divertidas. P6 no México a duas voltas do vencedor? Como você espera ver um carro do meio do pelotão no pódio se eles estão a uma ou duas voltas [dos da frente]? A diferença entre as grandes equipas e as pequenas é muito grande", continuou.
"Além disso, os pneus são tão complicados de entender, de dirigir, se você não tem força negativa, você os destrói e a diferença abre novamente", concluiu.
“Se chegarmos a um ponto onde todos ficam felizes com aquilo que discutimos, devemos levá-los adiante para a Liberty ou quem quer que seja. [Não podemos ficar] sentados e não fazemos nada pelo desporto que amamos", concluiu.
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