O domingo foi agitado: soube-se que um tufão, de seu nome Hagibis, acabou de ser formado no Pacifico Ocidental e alcançará o Japão dentro de oito dias, precisamente no fim de semana do GP do Japão. Desconhece-se qual vai ser a categoria deste tufão, e a trajetória ainda está sujeita a alterações, mas algumas delas colocam-na em chio na provincia de Mie, onde se situa o circuito de Suzuka. E os ventos poderão ser de 165 km/hora quando - e se - chegar a aquela zona, no dia da corrida.
Por agora, está a noroeste da ilha de Guam e ainda é uma tempestade tropical, mas será inevitavelmente um tufão, na direção do Japão.
Poderá ser que o tufão Hagibis passe antes ou depois, mas não se deixa de pensar nos eventos de - fez ontem cinco anos - 2014, que resultou no acidente mortal de Jules Bianchi, embora com todos os complementos que conhecemos: o trator na escapatória (sem desculpas) associado à bandeira verde a ser agitada precisamente no local da batida, um caso de momento errado, hora errada.
Sabendo como é que a organização agiu nesse final de semana, para além das ações da FIA nesse sentido, temo que no final de semana que vêm, todos pensarão em 2014. E poderemos não ter uma corrida normal. E pergunto-me: se outubro é isto no Japão, porque é que a organização local continua a marcar, quer o Grande Prémio, quer as Seis Horas de Fuji, que conta para o Mundial de Endurance, para a mesma data? Eu sei que a organização é muito rigorosa, ao ponto de escrever os horários dos comboios que tem de apanhar na parte de trás dos bilhetes, mas se sabem que isto é assim nesta altura do ano... não podem fazer noutra data? Em junho ou julho, que tem calor. Sei que inverno não dá, por causa das baixas temperaturas, mas marcar constantemente na mesma altura em que se arrisca a ter chuva uma vez a cada dois anos, com as consequências que sabemos, começa a ser um absurdo.
Uma coisa é certa: este ano voltaremos a ter uma tempestade em cima da cabeça. Resta saber como é que vão reagir perante isto.
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