quinta-feira, 14 de novembro de 2019

As movimentações do WRC

Parece que o Mundial WRC de Ralis vai a caminho de uma verdadeira revolução. Rumores insistente falam que a Citroen poderá decidir abandonar de vez o Mundial, deixando Sebastien Ogier "a pé" e este poderá caminhar para a Toyota, e cumprir o seu último ano no Mundial, ele que já disse desde há algum tempo que quer fazer de 2020 o ano em que abandonará a competição. 

Com o cancelamento do Rali da Austrália, devido aos incêndios florestais que assolam neste momento a Nova Gales do Sul, o Mundial de 2019 encerrou com Ott Tanak como campeão de piloto e a Hyundai como campeã de Construtores, ambas estreias no Mundial. Contudo, para 2020,  a imprensa italiana fala desde há algum tempo que poderá haver mudanças, algumas bem revolucionárias.

Ontem, o Grupo PSA anunciou que a Peugeot iria regressar à Endurance, construindo um hipercarro para 2022. Ainda falta algum tempo, mas é mais do que suficiente para transferir técnicos de uma marca para outra, pois a Citroen e a Peugeot fazem parte. Poucos acreditam que a marca irá manter ambas ativas, cada uma na sua categoria, ainda por cima com outra marca do grupo, a DS, a apostar fortemente na Formula E, onde quer ganhar de novo com Jean-Eric Vergne e António Félix da Costa. Contudo, esperava-se que isso poderia acontecer em 2020, mas eles podem ter antecipado a ideia. O anuncio, dizem eles, é iminente, e para mim, não ficaria admirado se acontecesse até segunda-feira. Já recebi mensagens que dizem sobre a iminência de tal anuncio.

Isso deixaria Ogier e Esapekka Lappi "apeados", mas para o francês, ele não ficaria desempregado por muito tempo. A Toyota precisa de um piloto de primeira linha, depois de perder Tanak para a Hyundai. Ter Ogier seria muito bom, e poderia ser acompanhado por Elfyn Evans, que está na Ford. Esses dois seriam uma mais-valia para uma equipa que provavelmente manterá Kris Meeke e já têm Kalle Rovanpera nas suas fileiras.

Se a Toyota está a reorganizar-se, a Hyundai está cheia de bons pilotos, resta a Ford, mais concretamente, a M-Sport. É certo que andaram nestes tempos concentrados em construir e desenvolver o novo Fiesta R5, agora é tempo de se organizarem em termos de equipa. Malcom Wilson poderá sonhar com um piloto de primeira linha, mas depois de não ter nem Tanak, nem Ogier, provavelmente poderá pegar em Latvala, que não ficará muito tempo na Toyota. Contudo, ele já tem 35 anos e muitos anos de WRC atrás de si. Dois finlandeses na equipa - o outro seria Lappi - não seria uma má ideia para a equipa, porque até poderia dar um terceiro carro para Gus Greensmith, se ele arranjasse financiamento para pagar parte da temporada. Uma alternativa seria Mads Ostberg, já outros como Craig Breen ou Hayden Paddon estão fora de cogitação.

Numa temporada que terá mais ralis no calendário - entrarão Japão e Safari, à custa de Córsega e Catalunha - ver a Citroen de fora, caso aconteça, depois de quase um quarto de século, vai ser uma coisa estranha de se ver nas estradas um pouco por todo o mundo.  

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