sábado, 17 de abril de 2021

Formula 1 2021 - Ronda 2, Imola (Qualificação)


Passaram-se três semanas, e a Formula 1 volta à Europa. Mas depois do que vimos em Shakir, no Bahrein, parece que foi no ano passado, com a emocionante abertura do campeonato, onde Lewis Hamilton suou para vencer Max Verstappen, pois na corrida, via-se que o Red Bull o holandês conseguia ser melhor que o Mercedes do britânico. E os fãs querem isso, depois de anos de domínio alemão.

Imola é um dos circuitos que regressou em 2020 à custa da pandemia, e aqui, não há espectadores. Mas pelo que se viu nos treinos, parece que houve um "regresso ao normal", mas também, pode ser um dos circuitos onde os carros de Brackley se dão bem, e mesmo os talentos de Verstappen podem não ser suficientes. Mas como sabem, as equipas podem esconder o jogo...

Parecia haver um tempo primaveril neste sábado, mas perto da qualificação, nuvens negras rondavam o circuito e todos olharam para o céu para saber se isso os iria prejudicar ou não. Acabou por não acontecer. Contudo, este aconteceu mais cedo que o habitual porque havia um cortejo fúnebre para seguir no Reino Unido, e como quase todas as equipas são britânicas, a Formula 1 é monarquista.  


A meio da Q1 houve bandeira vermelha devido à batida de Yuki Tsunoda no muro dos pneus nas curvas 13 e 14, a Variante Alta, depois de ter perdido a traseira do Alpha Tauri quando tentava uma volta rápida. Infelizmente para os apreciadores do pequeno japonês, ele acabaria por ser o primeiro dos não-qualificados para a Q2.

Poucos minutos foram passados até retiraram o carro do lugar e a bandeira verde mostrada. Gente como Sergio Perez fazia voltas rápidas, mas pisavam os limites da pista, logo, os tempos eram deletados. No final da Q1, para fazer companhia do japonês, estavam os Alfa Romeo de Antonio Giovinazzi e Kimi Raikkonen e os Haas do Nikita Mazepin e Mick Schumacher. Em contaste, os Williams estavam na Q2 - pela primeira vez desde o GP da Hungria de 2020 - e Fernando Alonso esteve no limite de não passar, tal como Sebastian Vettel, que acabou com o nono tempo no final desta parte da qualificação.


A Q2 começa com o costume: os Mercedes foram os primeiros a entrar na pista para colocar tempos, com médios, acompanhados pelos Williams, enquanto o resto andava de moles. Hamilton meteu um tempo de 1.14,817, e estava no topo da tabela de tempos, antes de Lando Norris melhorar com 1.14,718, com os moles. Pelo meio da tabela estava George Russell, que com moles... tinha tempo para Q3!

A parte final ficou assim: todos colocaram moles para tentativa final, com Sergio Perez a fazer o melhor tempo... dois milésimos na frente de Lando Norris, e quando a bandeira de xadrez caiu pela segunda vez, Carlos Sainz Jr, Fernando Alonso, George Russell, Nicholas Lattifi e Sebastian Vettel não passaram para a fase seguinte. O mais interessante é que Esteban Ocon entrava na história como sendo o primeiro a superá-lo desde Malásia 2017, e Sainz não ter superado Leclerc numa das casas da Ferrari. Em contraste, Mercedes, Red Bull, McLaren, o Alpha Tauri de Pierre Gasly, o Alpine de Esteban Ocon, o Aston Martin de Lance Stroll e o Ferrari de Charles Leclerc iam tentar ficar dentro do "top ten".

E agora, para a Q3, onde ou se espera o normal... ou o anormal.

Com moles, os pilotos da frente começaram a marcar tempos um atrás do outro. Primeiro, Hamilton, depois Verstappen, que colocaram tempos com 91 centésimos de diferença, favorecendo o britânico da Mercedes, com 1.14,411. Bottas era apenas sexto, bem atrás que o normal. Perez, em contraste, era terceiro. E claro, com tudo perto uns dos outros, a última tentativa seria decisiva.

No final, apesar dos bons tempos da Red Bull e de Lando Norris, cujo tempo depois foi anulado por ter excedido os limites da pista, Hamilton manteve-se na pole-position, apesar de a concorrência estar cada vez mais próxima. Pode ter sido a 99ª do piloto britânico, mas atrás dele tinha o melhor dos Red Bull. Que foi... foi Sergio Perez, conseguindo o segundo melhor tempo, melhor que Max Verstappen! Tando que Valtteri Bottas não conseguiu mais que o oitavo posto, superado gente como Charles Leclerc, quarto, ou Pierre Gasly, o sexto na grelha. Aliás, ficou até atrás dos McLaren.


E com esta qualificação fechada, amanhã a corrida vai-se tornar noutro motivo de interesse, para saber como Hamilton reagirá a uma concorrência cada e mais forte. Vai valer a pena estar sentado à frente da televisão e ver o resto.

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