sexta-feira, 17 de setembro de 2021

A situação do calendário para 2022


A pandemia está a chegar ao fim e parece que o calendário que anda a circular pelo paddock é um de "regresso à normalidade", embora se diga que poderá haver modificações pelo caminho, já que se na Europa a grande maioria da população já foi vacinada, ou está a caminho de ser, noutros lados, as coisas andam um pouco mais lentas. 

À partida, e de acordo com o que li na terça-feira no blog do Joe Saward, e depois confirmado noutros lados, o calendário de 23 corridas terá algumas modificações em relação ao deste ano... e não falo só das corridas que entraram à custa da pandemia. À partida, tudo começa e acaba no Médio Oriente, primeiro com Bahrein (20 de março) e Arábia Saudita, este a 27 de março, ou seja, quatro meses e meio depois de receberem a Formula 1 pela primeira vez. A 10 e 17 de abril, a Formula 1 faz uma jornada dupla da Austrália para a China, mas também temos de ver como é que ambos os países irão estar nessa altura, porque, como sabem, as restrições que eles mesmos impuseram em relação a visitantes estrangeiros terá de ser tomada em conta. No caso chinês, a única coisa que pretendem receber até lá são os Jogos Olímpicos de inverno, que acontecerão dois meses antes, em fevereiro, em Pequim. Depois é que se poderá ver sobre um regresso progressivo de outras provas desportivas. Mas se sobre a China, há certezas, a Austrália tem mais dúvidas, porque a vacinação anda mais atrasada e eles impuseram uma forte restrição à entrada de estrangeiros no seu país.

A 8 de maio, a Formula 1 estreia-se em Miami, na segunda corrida do calendário em terras americanas. Mas ai ser uma corrida isolada, o que não tem lá muita lógica, porque o mais fácil teria sido juntar Miami a Montreal - talvez isso aconteça mais tarde, mas em 2022, não tem muita lógica. Muitos julgam que isso é para mostrar que a DHL sabe do que faz... ja agora, o Canadá será a 19 de junho, uma semana depois de Baku, e como seria de esperar, será ao mesmo tempo que as 24 Horas de Le Mans. Pelo menos, por agora. e pelo meio, Barcelona (21 de maio) e Mónaco, a 28 de maio, com modificações, já que cai a tradicional folga de sexta-feira, para terem os três dias no Principado.

Silverstone quer que o seu Grande Prémio seja a 3 de julho, para não prejudicar Wimbledon, cuja final acontecerá a 10 de julho, e porque no ano que vêm há tenistas britânicos capazes de lutarem pelo troféu. Portanto, nesse campo, irão fazer finca-pé, e é muito provável que esta seja uma data definitiva.


À partida, França será a 17 de julho, mas há movimentações para que seja no final do mês por causa de pressões por parte da organização, que quer atrair gente para o Grande Prémio. Como toda a gente, sofreu imenso nestes dois anos sem poder receber gente devido à pandemia, e quer uma data mais adequada para poder encher Paul Ricard. Sem isso, poderá cair no calendário e ser substituído por gente mais ambiciosa. Uma troca para o final do mês com a Áustria ou a Hungria está em cima da mesa.

Depois do mês de férias, o recomeço será com um triplo stint Bélgica-Países Baixos-Itália (28 de agosto, 4 e 11 de setembro), Rússia no final do mês (25 de setembro) e Singapura a 9 de outubro, de regresso depois de dois anos de ausência. E fará duplo "stint" com Japão, a 16 de outubro.

A Formula 1 chegará às Americas a 31 de outubro na Cidade do México, antes de rumarem a Austin, uma semana depois, e a 20 de novembro, irão a Interlagos. Abu Dhabi encerrará o calendário a 4 de dezembro, num final de ano mais espaçado porque é nessa altura que acontecerá o Mundial de futebol, no Qatar. Que não vai receber a Formula 1 nesse ano por óbvias razões. Mas em 2023, a história pode ser outra.


E claro, restam as pistas que receberam a Formula 1 este ano e não estarão presentes em 2022, como Istambul Park, Portimão ou Imola. É muito provável que sejam usados como reservas para a eventualidade de algum cancelamento devido a restrições por causa da pandemia. Aliás, fala-se que Imola tentou ficar com o lugar de Barcelona, mas os catalães deram mais dinheiro e o acordo ficou já selado. Mas claro, nada está garantido, apesar de todos dizerem que o pior já passou...

Quanto aos testes, há um esquema que afirma que os carros novos andarão em duas pistas: Barcelona - de 23 a 25 de fevereiro - e Bahrein - de 11 a 13 de março.

Sobre este calendário, que circulou do paddock de Monza neste fim de semana que passou, Stefano Domenicalli espera que haja respostas no final do mês para poder ser discutido e aprovado entre eles, antes de passar para a FIA e receber o visto na reunião do Conselho Mundial, que costuma ser no inicio de dezembro, em Paris. 

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