A Formula 1 parece que ganha vida no Brasil. E não falo só com o público entusiasta à sua volta - isso acontece noutros lados, vide o México - mas parece que os pilotos e os seus dirigentes gostam de São Paulo, de Interlagos, por causa da sua ineratividade. Não sei se têm a ver com o calendário - está perto do final, mas o campeonato ainda não está decidido - mas ali, todos querem ver os pilotos, e eles não se importam de estar com eles. Vê-los a passear pela cidade, ver jogos de futebol ou até a fazer as habituais apresentações publicitárias, com os relações públicas a controlarem aquilo tudo, mostram que estão num lugar diferente. Será que tem a ver com um lugar onde se fala português? Que conheces muita daquela gente? Não creio que haja uma resposta concreta.
Mas não se pensa muito. Pensem num lugar feliz, num tempo feliz, e é Interlagos no fim de semana do Grande Prémio.
Ainda por cima, este é um dos fins de semana onde irá haver a tal "sprint race", que este ano será feito a titulo experimental em alguns lugares selecionados. E para apimentar as coisas, numa sexta-feira onde as condições atmosféricas não estão amenas - prevêem-se aguaceiros - a noticia de que o motor de Lewis Hamilton será trocado, fazendo com que seja penalizado em cinco lugares depois da Sprint Race, no dia seguinte. Ou seja, a qualificação para amanhã não será prejudicada. Só a partir da amanhã é que partirá, quanto muito, do sexto posto...
A qualificação começou com o tempo encoberto e algum frio. Com Charles Leclerc dos primeiros a entrar na pista, Lewid Hamilton apenas entrou com a qualificação a meio, numa altura em que Max Verstappen já estava no topo da tabela de tempos. Ali, começou logo com 1.08,824, para melhorar a 1.08,733. Atrás, as coisas, para além dos habituais, pareciam que não corriam bem a Lance Stroll, que tentava o seu melhor, mas não conseguia. Outro que tentava algo melhor era Mick Schumacher, que até conseguiu um tempo de 1.09,958, mas o tempo fora deletado porque passou dos limites na curva 4. Sem isso, nada feito.
E no final, Stroll e Mick ficavam a ver o resto da qualificação nas boxes, em companhia de Nikita Mazepin e os Williams de Nicholas Latifi e Geirge Russell.
A Q2 começou com a Mercedes a abrir as hostilidades, com um 1.08,659, antes do tempo ser eliminado por ter excedido os limites na curva 4. Depois, foi Pierre Gasly a fazer ainda melhor, com 1.08,903, no seu Alpha Tauri, antes de Verstappen baixar para 1.08,567 e subir para o topo da tabela. Hamilton melhorou, subindo para o primeiro posto, com 1.08,3 , a 181 centésimos do neerlandês da Red Bull.
Na parte final, Hamilton melhorou ainda mais o seu tempo, para 1.07,987, determinado a fazer a pole-position, seguido por Verstappen, enquanto atrás, os que não passavam à fase final foram o Alpine de Esteban Ocon, o Aston Martin de Sebastian Vettel, o Alpha Tauri de Yuki Tsunoda e os Alfa Romeo de Kimi Raikkonen e Antonio Giovoinazzi. Em contraste, Mercedes, Red Bull, Ferrari, McLaren, o Alpha Tauri de Pierre Gasly e o Alpine de Fernando Alonso, iriam ter mais uma chance nos minutos finais da qualificação.
E agora, partimos para a parte final. O tempo continuava encoberto, ameaçando chuva, mas mesmo assim, logo a abrir, Hamilton veio ao que interessa: a pole. Fez 1.08,107, e mostrou ao que ia. Verstappen conseguiu um tempo dois décimos (265 centésimos) mais lento, e parecia não conseguir melhor. E a parte final confirmou tudo isso: Max e Lewis não melhoram os seus tempos, Bottas e Perez andaram melhor, e claro, o britânico partia de primeiro, com 1.07,934, 438 centésimos na frente de Verstappen. Bottas e Perez ficavam com a segunda fila, Pierre Gasly era quinto. Assim sendo, era a grelha para a corrida de amanhã, a Sprint Race.
Sem comentários:
Enviar um comentário