E a estratégia tinha a ver com os pneus. Dizendo melhor, o seu tamanho. Ao escolher o aro 18, que resistia melhor às condições do circuito de Pedralbes, construído nas ruas de Barcelona, Fangio decidiu o destino dos Ferrari, que escolhendo os pneus aro 16, eram mais velozes, mas desgastavam-se rapidamente. Resultado? Alberto Ascari, que liderava o campeonato com dois pontos de avanço, viu o seu pneu estoirar na oitava volta, e seis voltas depois, o mesmo acontecia a Froilan Gonzalez, seu compatriota e o primeiro vencedor de uma corrida ao serviço da Ferrari, quase três meses antes, em Silverstone.
Passados 70 anos, e no ano em que faria 110, e 26 anos depois da sua morte, Fangio vai ser homenageado em Balcarce, a sua terra natal. A cidade, com cerca de 45 mil habitantes, situada entre Buenos Aires e Mar del Plata, e que já tem um museu dedicado a ele, decidiu transladar os seus restos mortais para um mausoléu construído na área do museu. A cerimónia vai acontecer na quarta-feira e será transmitida em direto na televisão local.
Para além disso, haverá um desfile pela cidade dos carros que Fangio usou, e mais alguns, de associações de automóveis antigos da Argentina, num tributo aos feitos que alcançou e ao prestigio alcançado, pois ainda hoje é considerado como um dos melhores pilotos do século XX.
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