sexta-feira, 20 de maio de 2022

A imagem do dia


Depois de Bruce McLaren e Ayrton Senna, agora é Niki Lauda. Esta é a estátua que a McLaren revelou na sua sede, em Woking, precisamente três anos depois do seu desaparecimento, em tributo ao austríaco que fez dessa a equipa o lugar do seu regresso à Formula 1, entre 1982 e 1985 e pelo meio, conquistou o seu terceiro título mundial, no Autódromo do Estoril, com meio ponto de diferença sobre Alain Prost

A história é conhecida. Farto de "andar às voltas" no seu Brabham no final de 1979, decidiu retirar-se aos 30 anos de idade, oito anos depois da sua estreia, num March, no GP da Áustria. Já tinha dois títulos mundiais, pela Ferrari, depois de ter passado pela BRM, e uma perda em 1976, depois do seu horrível acidente do qual nove em de pessoas ficaram convencidas de que iria morrer. Mas 40 dias depois, ainda com as feridas a sangrar, ele estava de volta a um carro de Formula 1 e corria como se nada tivesse acontecido. E em 1977, ganhou mais um título mundial.

Mas entretanto, já tinha descoberto uma outra paixão: a aviação. Fundou e alimentou a Lauda Air, primeiro uma companhia "charter" que ficava com as rotas que a Austrian Airlines não podia explorar, mas precisava de dinheiro para poder manter a operação. E quando Ron Dennis o aliciou para um teste em Donington Park com o MP4/1, ele acedeu e parecia ter regressado a sua vontade de correr. quando disse "sim", no final de 1981, condicionou a sua participação com a competitividade em relação ao resto do pelotão. À terceira corrida, em Long Beach, já era vencedor. 

Na passagem pela McLaren, só não triunfou em 1983. De resto, conseguiu oito vitórias, nenhuma pole-position, 15 pódios e sete voltas mais rápidas, 128 pontos no total. E claro, o seu título mundial, em 1984. Sem dúvida, um regresso que valeu a pena, e agora está marcado em estátua, para o resto dos tempos.

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