sábado, 19 de novembro de 2022

Formula 1 2022 - Ronda 22, Abu Dhabi (Qualificação)


E pronto, chegamos ao final de uma longa temporada. Do qual a Formula 1 pretende alargar ainda mais em 2023 - fala-se que haverá 24 corridas, mas a China poderá cair. Ainda se falou ligeiramente de um regresso de Portimão ao calendário, mas isso não tem muitas pernas para andar. Logo, se tudo confirmar, poderemos ter um abril inteiro sem Formula 1...

O mais interessante é que neste final de semana acontece o início do Mundial de futebol, no vizinho Qatar. Aliás, mal acabar a corrida e nos despedirmos de gente como Sebastian Vettel, Nicholas Latifi, Daniel Ricciardo e Mick Schumacher, rolará a bola num dos lugares mais estranhos onde assistir uma competição tão grande como essa...

Eu sei, vivemos tempos estranhos. Mas que querem? Quando o dinheiro arde nos bolsos e tudo tem um preço, temos coisas destas. 

Em Abu Dhabi, havia três equipas com objetivos diferentes: a Red Bull queria a primeira linha, a Mercedes queria voltar a ser como conseguiram em Interlagos, e a Ferrari queria o segundo lugar quer no mundial de pilotos, para Charles Leclerc, quer o de Construtores.

E claro, com os eventos de Interlagos, todos queriam saber se Max Verstappen iria ser cooperativo e ajudar Checo Perez a ficar com o vice-campeonato. Eles tinham dito que sim, haveria cooperação, mas já sabem: as pessoas querem ver fogo no cabaré.

Com o por do sol, começou a qualificação. De imediato, alguns carros foram para a pista e marcar os melhores tempos num asfalto que estava quente: 38 graus naquele início de noite! 

Nicholas Latifi foi o primeiro a sair e também a garantir volta rápida: 1.26,841. Logo a seguir, saem a Red Bull, a seguir, Ferrari e Mercedes seguiram-na, e depois, Alfa-Sauber, Alpine e McLaren. A pista passava a estar completa. E Max Verstappen marcou o seu tempo, com 1.24,754, suficiente para a Q2. Depois veio Checo e Sainz Jr a 0,3. Lewis Hamilton era um discreto sétimo, a 840 centésimos de Max. Distantes de Interlagos...

Mas pior, pior, era o meio do pelotão. Daniel Ricciardo e Fernando Alonso eram 14º e 15º, próximos de passarem a ver o resto do treino das boxes e explicarem à imprensa porque não estão ali na pista. Sebastian Vettel deu-se bem e avançou sem problemas, como o Alfa Romeo de Guanyou Zhou. No final, os azarados que ficaram para trás foram os Williams de Alex Albon e Nicholas Latifi - saída pela porta pequena - o Alfa Romeo de Valtteri Bottas, o Haas F1 de Kevin Magnussen e o Alpha Tauri de Pierre Gasly.


Chegados à Q2, o primeiro a sair foi Lewis, a falar que tinha problemas com os seus travões. A sua volta era 0,4 segundos mais lenta que George Russell. Aliás, depois, Vettel e Ocon andariam melhor que ele. Parecia que o seu lugar na Q3 estava em perigo... Porque depois apareceram Ferrari e Red Bull, que conseguiram melhores tempos que ele. E o melhor deles todos era Sergio Perez, que fazia 1.24,419. Vettel era quinto, depois dos Ferraris de Leclerc e Sainz Jr, e Max. Ocon e Norris também seguiram, e Ricciardo também, mesmo com as três posições de penalização...  

No final, entre os que ficaram de fora na última Q2 da temporada, ficaram o Haas F1 de Mick Schumacher, o Alpine de Fernando Alonso, o Aston Martin de Lance Stroll, o Alfa Romeo e Zhou e o Alpha Tauri de Yuki Tsunoda.

E assim, chegamos à Q3. A última do ano.  

Todos olhavam para os Red Bull, os melhores na pista. E se calhar alguns até apostavam que Perez fizesse uma gracinha e conseguisse uma pole, esfregando na cara dos apoiantes de "Super Max". Mas o neerlandês não deu chances a ninguém: 1.23,988. Vettel tentava entrar na pista antes dos outros, para ter a pista limpa e uma boa volta, e conseguiu o sétimo melhor tempo. Entrou nas boxes e assistiu à parte final.

Primeiro, era Leclerc, que fizera o melhor tempo, mas Sergio Perez estabeleceu 1.24,052 e eles monopolizaram a primeira linha da grelha. Mas a Ferrari monopolizava a segunda e relegava os Mercedes para a terceira. Norris era o melhor do resto   


No final, as declarações entre os pilotos da Red Bull falam sobre o que fizeram para lá chegar, e o que acontecerá amanhã.

Tivemos altos e baixos. Começou muito bem, mas no Q2 foi um pouco confuso, não sei bem explicar porquê. Com aquele jogo de pneus, não foi possível controlar a aderência, mas ainda bem que no Q3 foi um pouco mais tranquilo”, começou por dizer o bicampeão.

Estou muito satisfeito, quero vencer a corrida, mas, claro, espero que Checo [Pérez] termine em segundo. É um ótimo começo e espero que seja uma boa batalha amanhã para que, assim, possamos atingir nossos objetivos”, completou.

Acho que não conseguimos dar aquele passo final no Q3, e a nossa primeira volta também não foi boa, então ficamos um pouco atrás, mas é bom. É bom fechar a primeira fila amanhã, Max também fez um grande trabalho para mim, estávamos muito fortes nesta última volta. Ansioso para amanhã, que é o dia que importa”, declarou Checo, também no final da qualificação.

Claro, esperemos que Max seja mais cooperativo e ajude na luta pelo segundo lugar, contra Leclerc, que larga em terceiro, na frente de Sainz Jr e dos Mercedes. Vettel largará de nono na sua última corrida da carreira. 

Em suma, o que não falta são motivos para ver amanhã a corrida. 

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