Nascido em Modena, seu pai trabalhou como torneiro mecânico para a Ansaldo em Nápoles, e depois da II Guerra, regressou à Emilia-Romagna para trabalhar na Ferrari. Em 1959, enquanto cursava engenharia, ganhou um estágio na Ferrari, graças aos conhecimentos do seu pai. Nesse departamento estavam lendas: Carlo Chiti, Giotto Bizzarrini e Vittorio Jano, como projetistas e preparadores de motores, e Romolo Tavoni, como o diretor desportivo da equipa, quer na Formula 1, quer na Endurance, onde dominavam as pistas. Trabalhava quer nos carros desportivos, quer nos modelos de estrada, mas em meados de 1962, foi colocado à prova quando boa parte dos engenheiros decidiu abandonar a Scuderia por causa das interferências da mulher de Ferrari, Laura. Os dissidentes acabaram por fundar a ATS, que foi um fracasso total, e os que ficaram tiveram a sua grande chance, como o próprio Forgheri.
Ferrari pediu a ele para supervisionar o departamento técnico e aos 27 anos, em 1962, tornou-se o seu diretor. Ajudado por gente como Franco Rocchi e Walter Salvarani, entre outros, projetava carros e motores, supervisionava o departamento de testes e o desenvolvimento destes, e ajudava a equipa nas deslocações aos circuitos. Era ele o chefe máximo da Scuderia quer nos Grandes Prémios de Formula 1, quer nas grandes provas como as 24 Horas de Le Mans, as 12 Horas de Sebring ou o Targa Florio, entre outros.
Apesar dos carros que projetou na Formula 1, Forghieri disse sempre que o seu favorito pessoal era o 330P4, que entrou nas 24 Horas de Le Mans em 1966 para contrariar - sem sucesso - os GT40, mas que conseguiu um dos triunfos mais celebrados em Modena: a vitória e o monopólio no pódio nas 24 Horas de Daytona de 1967, com Amon e Lorenzo Bandini ao volante. Para além desse, desenhou e projetou o 250 GTO, nas suas mais avançadas evoluções, o 275 GTB, os 312PB, os últimos que correram em Le Mans em 1972 e 1973, e alguns carros de estrada como o 408 RM, o primeiro carro de quatro rodas motrizes, que não passou de um protótipo.
No ano seguinte, rumou para a Bugatti, onde supervisionou os modelos EB110 e EB112, e em 1995, passou a ser consultor técnico na Oral Engeneering Group, que teve clientes como BMW, Aprillia e Bugatti, entre outros.
Chamado de "Furia" pelos amigos e admiradores, foi sempre um cavalheiro no trato, profissional e professoral nas suas explicações. Suas criações deixaram um legado duradoiro no automobilismo. Ars longa, vita brevis, inginiere.
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